quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

São Jerônimo da Serra poderá herdar dois municípios na proposta de fusão de pequenos município feita pelo TC


A declaração feita pelo Tribunal de Contas (TC) do Paraná propondo a extinção, incorporação ou fusão de municípios com menos de cinco mil habitantes gerou desconforto entre a população dos municípios afetados, 11 deles estão integrados ao Norte Pioneiro: Barra do Jacaré, Conselheiro Mairinck, Guapirama, Jundiaí do Sul, Leópolis, Nova América da Colina, Nova Santa Bárbara, Rancho Alegre, Santa Amélia, Santa Cecília do Pavão e Santo Antônio do Paraíso.

O Presidente da Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop) e prefeito de Cornélio Procópio, Amin Hannouche (PSDB), afirma que a apresentação do TC mobilizou vários prefeitos a irem à capital, além de organizar uma discussão sobre o assunto na sede da Associação. Segundo ele, a maioria dos pequenos municípios não deseja se fundir a outros maiores, mesmo acreditando que seja possível atender a todos se houver boa gestão. "A fusão tiraria das pequenas cidades o poder de resolver as peculiaridades do próprio município, por outro lado, seria uma medida de otimização de recursos", afirma. 

São Jerônimo da Serra (11.337 habitantes) não está entre as cidades listadas, porém, é sede da comarca, que receberia dois municípios: Santa Cecília do Pavão (3.646 habitantes), que fica aproximadamente a 28 km de distância e Nova Santa Bárbara (3.908 habitantes), a 20 km. O crescimento representaria mais de 66%, atingindo os 18.891 habitantes. 

O prefeito de São Jerônimo da Serra, João Ricardo de Mello (PPS), confia que a proposta ainda será analisada de forma que possa atender às reivindicações de todos. De acordo com ele, o município está em contenção de despesas e que a arrecadação tem caído bastante, portanto, receber mais dois municípios poderia ser uma questão problemática. "Ao mesmo tempo que se arrecada mais com o aumento do Fundo de Participação, por outro lado, teríamos mais pessoas para atender". Segundo ele, a proposta prejudica os municípios, mas auxilia a União, que vai economizar no repasse de recursos. O prefeito acredita no debate amplo para que seja feito um acordo entre as partes envolvidas.

Informações: Lais Taine FolhaWeb

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