Passados 14 dias do prazo estipulado para a divulgação de um
balanço sobre a situação financeira de Curitiba, a prefeitura ainda não
publicou nenhuma informação sobre o tema. Um dos motivos para esse
atraso, já confirmado pela assessoria da prefeitura, foi o internamento
de sete dias do prefeito Rafael Greca (PMN) tirou dos trilhos o
planejamento do início da gestão.
Outro motivo que começa a surgir, de acordo com o relato de fontes
ligadas ao Executivo, é que a gravidade da situação também está
contribuindo para o atraso da divulgação dos dados. A previsão é que
informações consolidadas venham a público ainda nesta semana.
O que se sabe, por enquanto, é que a ordem do prefeito é economizar.
Em uma reunião com secretariado na tarde de segunda-feira (23), o
prefeito deixou claro o objetivo. Segundo uma fonte que participou do
encontro, o prefeito disse aos secretários para se concentrarem na
redução de gastos, como a revisão de aluguéis de imóveis e outras
despesas de custeio.
Outro ponto que a prefeitura vem segurando gastos é na nomeação de
servidores. Até agora, dos 631 cargos em comissão a que tem direito,
Greca nomeou comissionados para cerca de 230. A medida, apesar de gerar a
insatisfação de partidários, é vista como necessária para o
enfrentamento da crise financeira.
Do ponto de vista da população, a medida que deve gerar maior impacto
é o aumento na tarifa de ônibus. Desde a campanha, Greca não escondeu
que o valor seria revisto e que a prefeitura não faria malabarismos
financeiros para garantir que o preço continuasse em R$ 3,70 ou subisse
menos que o exigido pelo custo do sistema. O novo valor da tarifa pode
chegar a R$ 4,20.
As ações amargas também serão sentidas dentro da estrutura da
prefeitura. Interlocutores próximos ao prefeito afirmam que os
servidores deverão encontrar dificuldades em obter aumentos salariais
enquanto a situação financeira do município permanecer desfavorável.
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