quarta-feira, 17 de maio de 2017

Detran-PR alerta para necessidade de reforçar segurança no trânsito

Paraná registrou 1.682 vítimas fatais em 2016

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta terça-feira (16) aponta o trânsito como uma das principais causas de morte entre adolescentes no mundo. De acordo com o estudo global, as principais causas de óbitos entre os brasileiros de 10 a 15 anos são violência, acidentes de trânsito, afogamento, leucemia e infecções respiratórias.
No Paraná, os dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) são divididos por faixa etária. De acordo com a autarquia, das 1.682 vítimas fatais registradas no Estado em 2016, 67 tinham de 12 a 17 anos (3,9%).
“É preciso reforçar aos adolescentes e aos pais a importância do uso de cinto de segurança, mesmo no banco traseiro, e de capacetes aos passageiros de motos. Pedestres e ciclistas devem redobrar a atenção e evitar o uso de celulares e fones de ouvido como forma de garantir a própria segurança”, destaca o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
Os pais têm uma responsabilidade enorme e precisam entender que, ao dar o carro ou a moto para um adolescente não habilitado, estão colocando a vida de seus filhos e dos filhos dos outros em risco. É preciso pensar não só na segurança física, mas também emocional desse condutor ao causar uma morte”
Ele explica que o Governo do Paraná investe em ações educativas em escolas e universidades e tem se preocupado em veicular campanhas de conscientização que usem linguagem e plataformas adequadas a este público, como redes sociais e aplicativos para celulares. Traad completa que, desde 2011, o Detran-PR aplicou cerca de R$ 98 milhões em educação para o trânsito.
FERIDOS – Os adolescentes responderam por 5% das vítimas não fatais registradas nos acidentes no Estado. Em 2016, foram 48.818 feridos – destes, 2.147 com idade entre 12 e 17 anos.
Outra questão apontada pelo Detran-PR é o número de crianças e adolescentes que se envolvem em acidentes ao dirigir um veículo, mesmo sem habilitação. Só no ano passado, foram 858 condutores acidentados com menos de 18 anos.
“Os pais têm uma responsabilidade enorme e precisam entender que, ao dar o carro ou a moto para um adolescente não habilitado, estão colocando a vida de seus filhos e dos filhos dos outros em risco. É preciso pensar não só na segurança física, mas também emocional desse condutor ao causar uma morte”, alerta a coordenadora de Educação para o Trânsito, Juçara Ribeiro.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece no artigo 310 que permitir, confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa não habilitada, ou com CNH cassada ou suspensa, é crime de trânsito. A pena é detenção de seis meses a um ano ou multa. Além disso, o proprietário do veículo comete infrações de trânsito gravíssimas nos artigos 164 e 165 do CTB, com multa de R$ 293,47, sete pontos na habilitação e retenção de veículo até apresentação de condutor habilitado.
AVANÇO – O estudo da OMS intitulado Global Acceleration Action for the Health of Adolescents não avalia países individualmente, mas áreas econômicas do planeta. O Brasil, entretanto, é citado como exemplo no combate a mortes no trânsito. “Legisladores introduziram um novo código de trânsito em 1998, que tornava mais severas as punições aos infratores. O novo código teria ajudado a salvar 5 mil vidas no período entre 1998 e 2001”, traz o documento.

np diario 

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