sexta-feira, 19 de maio de 2017

SGM recebe oito pedidos de impeachment de Temer


Pedidos foram formalizados após informações de que Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, havia entregue ao MPF gravação em que Temer teria dado aval para o empresário comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do operador Lúcio Funaro
Partidos de oposição protocolaram na Câmara, nesta quinta-feira (18), mais um pedido de impeachment do presidente da República, Michel Temer. O documento foi assinado por PT, PDT, PCdoB, Rede, Psol e PSB. Até às seis da tarde desta quinta, oito pedidos de impeachment foram formalizados na Secretaria-Geral da Mesa desde a divulgação das denúncias contra Temer.
Na noite de quarta-feira, logo após a divulgação das denúncias, dois pedidos foram apresentados - um pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) e outro pelo deputado JHC (PSB-AL). Nesta quinta-feira, outros seis pedidos de impeachment foram protocolados na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara: um segundo feito pelo deputado Alessandro Molon, outro pelo deputado João Gualberto (PSDB-BA) e mais sete parlamentares do PSDB; outro do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); um do deputado Diego Garcia (PHS-PR); e outro apresentado por um deputado estadual. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, analisar a admissibilidade dos pedidos.
O líder do Psol, deputado Glauber Braga (RJ), afirmou na peça apresentada pelos partidos de oposição, que um dos motivos que justificam o impeachment de Temer é obstrução à Justiça.
"Entre outros motivos, e este é um fato relevante, diferente de algumas peças anteriores, incluindo como motivo principal, um dos motivos principais, do afastamento de Michel Temer e do seu impeachment, a obstrução à Justiça a partir do momento em que há um flagrante publicizado, com uma tentativa de obstrução à justiça"
O líder do PSDB, deputado Ricardo Trípoli (SP), afirmou que é preciso pensar no País.
"A preocupação com 14 milhões de desempregados, o crescimento da econômica...é só verificar o dia que aprovamos na comissão o projeto da Reforma da Previdência, a bolsa subiu e o dólar caiu. Temos que estimular a economia. Se a investigação vier complementar ou tiver procedimento, a bancada federal do PSDB, solicita aos ministros do PSDB que saiam do governo"
O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), defendeu eleições diretas:
"Tenho o compromisso mais do que nunca, cívico, para que a gente possa encontrar uma solução para crise que estamos vivendo. Nada mais legítimo, nada mais correto, que consultar sua excelência o povo, então a eleição direta é importantíssima e nós iremos lutar por ela"
O líder do PPS, deputado Arnaldo Jordy (PA), defendeu a renúncia do presidente Michel Temer
"Não é possível admitir um presidente participando de qualquer tipo de conluio no sentido de proteger ou silenciar um réu ou condenado da operação Lava Jato. No nosso entendimento o presidente Temer poderia, num gesto de grandeza, renunciar, e permitir que as forças políticas pudessem repactuar a normalidade democrática institucional do Brasil"
Segundo o jornal O Globo, Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, entregou ao Ministério Público Federal gravação em que "o presidente Michel Temer, em março, dá aval para o empresário comprar, com mesadas, o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do operador Lúcio Funaro, ambos presos na Operação Lava Jato". Temer nega as denúncias e afirmou que defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados.

camara dos deputados

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