O
Estado do Paraná teve pelo menos 106 detentos que escaparam de
carceragens de delegacias de polícia em onze fugas registradas em uma
semana, segundo levantamento informal feito por policiais civis. A
última ocorreu na madrugada desta terça-feira (2), em Assaí, quando seis
detentos quebraram uma parede e serraram a grade que dava acesso aos
fundos do imóvel. No momento da fuga, a carceragem, que tem capacidade
para 24 detentos, comportava 54. Até as 12h desta terça, nenhum havia
sido recapturado.
Arquivo/Agência Brasil
O
levantamento leva em conta detentos que escaparam de cadeias públicas
da capital e do interior desde o dia 27 de dezembro, quando dezesseis
detentos fugiram e outros quatro ficaram feridos em um incêndio
provocado pelos próprios internos em duas galerias da carceragem da
delegacia de Cambé. O local projetado para até 52 pessoas tinha 193 no
momento da fuga.
Segundo o levantamento, além dos oito foragidos de Cambé, outros 16 escaparam em Ibaiti, dos quais 10 foram recapturados; na sexta-feira (29), houve mais dez detentos que escaparam de Marilândia do Sul; no sábado (30), 15 fugiram 8º Distrito Policial de Curitiba e 10 da carceragem da Polícia Civil em Guarapuava; no domingo (31), escaparam sete em Almirante Tamandaré, 20 do 11º Distrito Policial de Curitiba, 17 da carceragem de Prudentópolis, seis escaparam em Engenheiro Beltrão e um fugiu do 13° DP da capital.
O vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol), Daniel Fagundes, afirma que a fuga de presos de carceragens da Polícia Civil é um problema histórico no Paraná, mas que se agravou durante o atual governo. "O problema não é a superlotação das carceragens. O problema é que carceragem não é lugar de presos, mas sim, os presídios", justificou, lembrando da promessa do governo de construção de 14 penitenciárias que não saíram do papel.
Segundo o vice-presidente, a população carcerária do Paraná tem 30 mil presos, dos quais um terço - ou cerca de dz mil - estão em carceragens da Polícia Civil. "É um paradoxo, porque o Paraná é um dos Estados mais ricos da federação, mas não faz investimento proporcional na Segurança Pública. Dez mil estão inadequadamente na carceragens das delegacias de polícia, mas a Polícia Civil não é o órgão que cuida dos presos. Esta responsabilidade é do Departamento Penitenciário (Depen)", justifica.
Além da inadequação para abrigar os presos, as delegacias contam com equipes desfalcadas, segundo Daniel, além do número de detentos acima da capacidade projetada. "Ao chegar no fim do ano, eles ficam alvoroçados para fugir e passar as festas com a família. As delegacias não têm estrutura e ainda ficam no centro da cidade. Mantê-los nas carceragens é um perigo para a população", alerta.
O Bonde aguarda a manifestação do Depen.
Segundo o levantamento, além dos oito foragidos de Cambé, outros 16 escaparam em Ibaiti, dos quais 10 foram recapturados; na sexta-feira (29), houve mais dez detentos que escaparam de Marilândia do Sul; no sábado (30), 15 fugiram 8º Distrito Policial de Curitiba e 10 da carceragem da Polícia Civil em Guarapuava; no domingo (31), escaparam sete em Almirante Tamandaré, 20 do 11º Distrito Policial de Curitiba, 17 da carceragem de Prudentópolis, seis escaparam em Engenheiro Beltrão e um fugiu do 13° DP da capital.
O vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol), Daniel Fagundes, afirma que a fuga de presos de carceragens da Polícia Civil é um problema histórico no Paraná, mas que se agravou durante o atual governo. "O problema não é a superlotação das carceragens. O problema é que carceragem não é lugar de presos, mas sim, os presídios", justificou, lembrando da promessa do governo de construção de 14 penitenciárias que não saíram do papel.
Segundo o vice-presidente, a população carcerária do Paraná tem 30 mil presos, dos quais um terço - ou cerca de dz mil - estão em carceragens da Polícia Civil. "É um paradoxo, porque o Paraná é um dos Estados mais ricos da federação, mas não faz investimento proporcional na Segurança Pública. Dez mil estão inadequadamente na carceragens das delegacias de polícia, mas a Polícia Civil não é o órgão que cuida dos presos. Esta responsabilidade é do Departamento Penitenciário (Depen)", justifica.
Além da inadequação para abrigar os presos, as delegacias contam com equipes desfalcadas, segundo Daniel, além do número de detentos acima da capacidade projetada. "Ao chegar no fim do ano, eles ficam alvoroçados para fugir e passar as festas com a família. As delegacias não têm estrutura e ainda ficam no centro da cidade. Mantê-los nas carceragens é um perigo para a população", alerta.
O Bonde aguarda a manifestação do Depen.
Redação Bonde
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