Mais de 1,2 milhão de trabalhadores agora têm até o final de agosto para retirar o dinheiro
Os trabalhadores que perderam o prazo para sacar o abono
salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), referente ao
ano-base de 2014, terão nova oportunidade para retirar o benefício.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou hoje (1º) que os
mais de 1,2 milhão de trabalhadores que perderam o prazo, encerrado
ontem (30), poderão fazer o saque entre os dias 28 de julho e 31 de
agosto.
“A bancada dos trabalhadores no Codefat [Conselho Deliberativo do
Fundo de Amparo ao Trabalhado] sugeriu a ampliação do prazo para que
todos fossem contemplados. Conversamos com o núcleo do governo, que foi
sensível a essa medida, dada a necessidade de aprimorar esses programas
sociais que são muito importantes na vida dos trabalhadores”, disse
Nogueira.
De acordo o ministro, não houve diferença na média de comparecimento
dos trabalhadores para saque do benefício em relação aos anos
anteriores, mas o governo decidiu “inovar” ao prorrogar o prazo. “A
intenção do governo é que 100% dos trabalhadores que têm direito ao
abono possam ter a oportunidade de comparecer às agências e retirar o
abono. É a primeira vez que o governo toma a iniciativa de ampliar o
prazo”, disse.
O abono
O benefício, equivalente a um salário-mínimo (R$ 880), é pago a
empregados que tenham trabalhado com carteira assinada por pelo menos 30
dias em 2014 e tenham recebido até dois salários-mínimos por mês nesse
período.
O trabalhador também precisa estar cadastrado no PIS/Pasep há, pelo
menos, cinco anos e ter tido os dados informados corretamente pelo
empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Até agora,
foram sacados R$ 18,3 bilhões. Os recursos não sacados retornam ao Fundo
de Amparo ao Trabalhador (FAT).
O abono salarial é um dos benefícios pagos pelo FAT, que também
custeia o seguro-desemprego, os cursos de qualificação profissional
feitos em parceria com os governos estaduais e a participação na receita
dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados.
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