Paralisação completa 29 dias nesta terça-feira. Campanha de 2004 durou 30 dias seguidos
A greve nacional dos bancários deve se tornar a mais longa dos
últimos anos. Nesta terça-feira (4), são completados 29 dias desde o
início da campanha de 2016. A greve mais longa desde a virada do ano
2000 aconteceu em 2004, quando os bancários ficaram parados por 30 dias.
A mais longa greve da história da categoria aconteceu em 1951m quando
durou 69 dias.
Ontem, mais de 80% dos bancários de Curitiba e região permaneceram em
greve. No começo da noite realizaram uma assembleia de mobilização para
intensificar as ações de greve. “Apesar disso, a Federação Nacional dos
Bancos (Fenaban) se mantém irredutível, sem disposição para negociar
com os representantes dos trabalhadores. Na capital paranaense, são 361
agências paralisadas, além de nove Centros Administrativos e cinco
financeiras”, diz nota do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região
divulgado ontem.
Na última negociação, no dia 28 de setembro, a Fenaban manteve a
proposta de 7% de reajuste para este ano, aumentou o valor do abono para
este ano de R$ 3.300 para R$ 3.500, e ofertou 0,5% de aumento real para
2017, além da reposição da inflação do período. “O Comando Nacional dos
Bancários rejeitou a proposta em mesa, por representar perdas aos
trabalhadores”, diz o Comando Nacional dos Bancários.
Já a Fenaban alega que a proposta é a possível para este momento de
crise. “A Fenaban entende que o modelo de aumento composto por abono e
reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de
transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação
mais baixa”, escreveu a entidade em seu prtal.
Ainda segundo a Fenaban, o reajuste será aplicado também à
participação nos lucros e resultados (PLR) paga pelos bancos aos
funcionários.
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