domingo, 11 de dezembro de 2016

Site lança ferramenta para ’denunciar ’políticos na internet


  Folhapress

(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
ANGELA BOLDRINI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O site Reclame Aqui lançou uma iniciativa que pretende “delatar” na internet políticos com pendências judiciais. Para isso, é preciso instalar um plug-in, compatível com o Google Chrome, que grifa de roxo todas as menções a deputados e senadores em exercício que tenham condenação, indiciamento ou citação em investigação.
No caso do presidente do Senado, (PMDB-AL), por exemplo, basta passar o mouse sobre seu nome que aparece a ficha corrida: réu em ação de peculato, alvo de ação civil por improbidade administrativa, e investigado em inquéritos da Lava Jato e alvo de investigação penal em segredo de Justiça. Dos 81 senadores em exercício, 41 têm o nome marcado pela ferramenta.
Na Câmara, aparecem coloridos os nomes do presidente e do vice-presidente da Casa, (DEM-RJ) e (PP-MA), entre outros. Batizado de Vigie Aqui, o projeto foi criado em parceria com o projeto Excelências, que organiza dados do Transparência Brasil a respeito de parlamentares, e a agência de publicidade Grey. “A ideia surgiu da indignação de que hoje a informação sobre os políticos existe, mas não está organizada‘, afirma Maurício Vargas, CEO do Reclame Aqui. ‘
Nós votamos e não sabemos em quem.” De acordo com ele, o projeto deve se expandir para outros cargos em breve. “Começamos pelos deputados e senadores por causa das coisas que o Congresso tem aprontado, e também porque as próximas eleições serão para esses cargos”, diz.
A ferramenta não atinge ex-parlamentares: o nome de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara cassado em setembro deste ano e preso pela Lava Jato, não é colorido pela ferramenta. O Vigie Aqui começou a ser desenvolvido há cerca de seis meses, e é, segundo Vargas, apartidário. Ele diz não ter números a respeito do alcance do plug-in na primeira semana, mas tem metas ambiciosas: afirma que irá impactar, até as próximas eleições, entre “25 e 30 milhões de pessoas”.

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