GUSTAVO URIBE E MARINA DIAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente
Michel Temer decidiu ceder à pressão de assessores e aliados e adotar
uma agenda de viagens para o Norte e Nordeste, considerados redutos
eleitorais petistas. Segundo a reportagem apurou, um dos principais
motivos para a mudança foi o incômodo de Temer com um comentário feito
pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em conversas reservadas. De
acordo com relatos de aliados, o peemedebista não gostou da crítica
feita pelo tucano de que ele não conhece o país e resolveu mudar a
postura. Em quase sete meses à frente do Palácio do Planalto, Temer não
havia até o momento pisado nas duas regiões do país e evitava participar
de inaugurações de obras públicas com receio de enfrentar vaias e
protestos. A avaliação, contudo, é que ele precisa se desencastelar e
ter um diálogo mais direto com a sociedade caso queira reverter os seus
baixos índices de popularidade. A tese é que, assim como o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva fez na crise do mensalão, Temer deve adotar
agenda de viagens para impor pauta positiva diante das crises política e
econômica que enfrenta. Ainda assim, pelo menos por enquanto, a
intenção é que as agendas nas duas regiões sejam mais restritas e fora
de grandes concentrações urbanas, onde há maior chance de manifestações
contrárias à gestão federal. Na sexta-feira (9), por exemplo, o
presidente visitou Pernambuco e Ceará. Nesta semana, há previsão de que
ele visite Belém (PA) e o Piauí, onde pela primeira vez participará de
solenidade de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida, programa
criado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
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