Da AEN-PR
O chefe da Casa Militar e coordenador Estadual de Proteção e Defesa
Civil, coronel Adílson Castilho Casitas, afirmou nesta terça-feira (12),
em coletiva à imprensa, que o Governo do Estado reforçou o atendimento
na região Norte do Paraná, que é atingida por fortes chuvas desde o
sábado (9). “O governador Beto Richa determinou à Defesa Civil ações
imediatas para o atendimento dos municípios”, afirmou Castilho.
Até agora, os dados apurados pela Defesa Civil, atualizados às 16h
desta terça-feira, apontam que as fortes chuvas já afetaram 1.744
pessoas, danificaram 283 casas e destruíram outras seis, em 27
municípios. Das 882 pessoas que ficaram desalojadas, 582 permanecem
nesta situação. Outras 432 ficaram desabrigadas, sendo que 100 continuam
nesta condição.
O helicóptero da Casa Militar foi enviado a Londrina para ampliar a
cobertura do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA),
que já conta com uma aeronave. Técnicos da Defesa Civil também foram
deslocados para a região. As equipes da Copel e da Sanepar estão
mobilizadas para monitorar os níveis de rios e barragens que podem
transbordar e causar alagamentos e também para acompanhar os possíveis
desabastecimentos de água e luz.
Até o momento, segundo a Defesa Civil, foram atingidos Arapongas,
Cambé, Cambira, Campina Grande do Sul, Cruzeiro do Sul, Fazenda Rio
Grande, Ibaiti, Ibiporã, Jaboti, Jaguariaíva, Jataizinho, Londrina,
Marilândia do Sul, Maringá, Nova Esperança, Novo Itacolomi, Piraí do
Sul, Ponta Grossa, Reserva, Rio Bom, Rolândia, Sabáudia, Santana do
Itararé, São José dos Pinhais, Tamarana, Tomazina e Wenceslau Braz.
MAIS QUE A MÉDIA – Segundo o Simepar, o volume de
chuvas que atinge a região chega 340 milímetros nas últimas 48 horas,
nível superior à média histórica para todo o mês de janeiro, que é de
212 milímetros.
Em Rolândia, equipes do Corpo de Bombeiros procuram por um motorista
de ônibus que foi levado por uma enxurrada no Ribeirão Bandeirantes e
está desaparecido. Técnicos da Defesa Civil foram enviados ao município
para ajudar a prefeitura na elaboração da documentação necessária para o
decreto de situação de emergência.
O coordenador estadual da Defesa Civil explicou que, nas últimas 48
horas, a Defesa Civil vem fazendo o acompanhamento dos municípios por
meio de suas equipes regionais e do Corpo de Bombeiros. “No município de
Ibaiti, estamos monitorando uma represa situada em uma propriedade
particular, com risco de romper. Já fizemos um alerta à população do
entorno, que pode ser afetada”, informou.
ALERTA – Uma barragem localizada na região de
Apucaraninha, em Tamarana, está com mais de seis metros acima da média e
é monitorada pela Copel. O coordenador da Defesa Civil alerta a
população próxima para que deixem suas casas, já que há risco de
transbordamento. “Os vertedouros não estão dando conta de escoar a
água”, disse.
“Nossa maior preocupação é com a vida. Alerto para que as pessoas não
insistam em atravessar enxurradas ou ribeirões que estejam com o nível
alterado. Não subestimem a força da natureza, parem o carro e esperem
até a situação se normalizar”, disse Castilho. “A população ribeirinha
deve deixar locais que ofereçam perigo para que não coloquem em risco a
vida”, destacou.
AFETADOS – Até agora, os dados apurados pela Defesa
Civil, atualizados às 16h desta terça-feira, as fortes chuvas já
afetaram 1.744 pessoas, danificaram 283 casas e destruíram outras seis,
em 27 municípios. Das 882 pessoas que ficaram desalojadas, 582
permanecem nesta situação. Outras 432 ficaram desabrigadas, sendo que
100 continuam nesta condição.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, o impacto pode ser ainda
maior, já que os municípios estão fazendo o atendimento referente às
últimas 48 horas, quando as precipitações foram mais intensas, e ainda
apuram os estragos e o número de pessoas afetadas. A previsão é de que
cerca de 700 mil pessoas sejam afetadas, já que a elevação dos rios pode
comprometer o abastecimento de água em municípios como Londrina e
Maringá.
ESTRADAS – Levantamento feito pelo Departamento de
Estradas de Rodagem (DER) indicou que em todo o Estado há mais de 40
trechos de rodovias estaduais com interdições totais ou parciais de
pistas por causa de deslizamentos, quedas de pontes ou elevação do nível
de rios que cruzam as estradas. As equipes do DER estão em campo para
liberar as pistas para o tráfego. Os trechos de rodovias interditados
total ou parcialmente podem ser conferidos na página da Defesa Civil no
Facebook (www.facebook.com/Cedecpr) ou AQUI.
PREVISÃO – O meteorologista do Simepar, Samuel
Braun, explicou que o tempo deverá permanecer instável durante toda a
semana, mas com um volume de chuvas menor do que nos últimos dias. “A
previsão é de um acumulado menos significativo. A chuva prevista para a
região é mais fraca. Um ou outro ponto do Norte tem potencial para uma
chuva moderada, mas no geral, a tendência é de um acumulado de 20 ou 30
milímetros nos próximos dias”, disse ele.
Também deve continuar chovendo nas demais regiões do Estado. A
tendência a partir desta quarta-feira (13) é de uma condição típica do
verão, com o tempo abafado e chuvas no final da tarde por causa do
calor. “As pancadas de chuva podem ser fortes em alguns municípios, mas
no geral será de forma mais localizada”, explicou Braun.
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