Agência Brasil
A greve nacional dos bancários completa 25 dias nesta sexta-feira
(30), sem previsão de nova reunião de negociação com os representantes
dos bancos. Em todo o país, 13.358 agências tiveram suas atividades
paralisadas, o que corresponde 57% do total, além de 34 centros
administrativos. A paralisação deste ano já é considerada uma das greves
mais longas da história da categoria.
Na última quarta-feira (27), os bancários recusaram proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Em nota, a entidade patronal disse que ofereceu reajuste de 7% nos
salários e benefícios, abono de R$ 3,5 mil e propôs que a negociação de
2016 tenha duração de dois anos, com garantia de reajuste da inflação e
ganho real de 0,5% em 2017.
A oferta foi considerada insuficiente pelos trabalhadores, que
reivindicam reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real; piso
salarial de R$ 3.940,24; melhores condições de trabalho e fim das
demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às
terceirizações, entre outras demandas.
Desde agosto de 2015, segundo os sindicatos da categoria, os bancários acumulam redução salarial de 9,62%.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro da CUT (Contraf), Roberto von der Osten, a greve seguirá
forte. “Estamos lutando por dignidade e respeito”, disse o sindicalista.
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