Aparelho de entrar em operação em janeiro de 2018. O governador Beto Richa recebeu os executivos da Japan Radio Company (JRC), que cedeu o equipamento que vai monitorar o sistema meteorológico da Região Metropolitana de Curitiba para prevenção de desastres naturais.
O radar meteorológico Banda X, cedido pela empresa Japan Radio
Company (JRC), já foi embarcado no Japão e deve chegar ao Paraná no
final de outubro. A previsão é que ele esteja em operação em janeiro de
2018. O equipamento monitorará o sistema meteorológico da Região
Metropolitana de Curitiba para prevenção de desastres naturais. O
equipamento foi cedido pela empresa através de uma parceria com a
Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e não terá custos
para o estado.
Nesta segunda-feira (02), o governador Beto Richa recebeu os
executivos da JRC e lembrou que o Paraná já possui dois radares de
grande porte instalados em Teixeira Soares, no Centro-Sul do Estado, e
em Cascavel, na região Oeste. “Este novo equipamento, de curto alcance,
específico para centros urbanos, vai melhorar o tempo de resposta do
Sistema de Monitoramento e Previsão Hidrométrica do Estado”, disse ele.
“O radar de alta precisão vai se somar aos investimentos e ações do
governo e contribuir para que estejamos cada vez mais preparados para
proteger os paranaenses de todas as regiões”, afirmou.
PIONEIRO – Participaram do encontro com o governador
o diretor executivo da JRC, Kensuke Ohnuma; o presidente da empresa no
Brasil, Masaru Saito, e o auditor JRC no Japão, Junichiro Kimura, e o
chefe da Casa Militar do Governo do Paraná, coronel Élio de Oliveira
Manuel. No encontro, Ohnuma salientou que o Paraná tem trabalhado para
se tornar pioneiro no sistema de prevenção de desastres. “Os esforços
para firmar parcerias internacionais demonstram o interesse do governo
em avançar na área”, disse.
ALERTAS - Segundo o coordenador executivo da
Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil do Paraná, tenente-coronel
Edenilson de Barros, o radar será instalado e operado na sede do
Simepar, que encaminhará as informações à Defesa Civil, responsável por
monitorar as condições e, caso necessário enviar os alertas, aos
municípios.
“Trabalhamos de forma integrada ao Simepar e este equipamento vai
ajudar no monitoramento e na emissão de alertas precoces de eventos
severos”, disse. “A qualidade da resposta é o grande diferencial”,
completou.
DESLIZAMENTOS - Além do apoio geral em
monitoramento, o radar será utilizado como modelo de previsão de
deslizamento para o município de almirante Tamandaré. Este modelo
permitirá a emissão de alertas precoces do risco de deslizamento em
situações críticas. “É a primeira vez que vamos usar o radar como sensor
principal para alerta de deslizamento”, disse o engenheiro da JRC no
Brasil, Rodrigo Vidal.
BOX
Programa de Fortalecimento de Gestão de Risco de Desastre
A instalação do radar meteorológico Banda X faz parte do programa de
Fortalecimento de Gestão de Risco de Desastre no Paraná. O programa é
coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, em conjunto com o Simepar, Defesa Civil, Instituto das Águas
do Paraná e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências do Paraná
(ITCG).
Ele abrange três áreas: fortalecimento da infraestrutura de
prevenção, investimento em conhecimento e a articulação institucional.
Desde 2011, o Governo do Estado investiu R$ 100 milhões para
prevenção de desastres, R$ 10 milhões foram destinados para a instalação
de um radar no município de Cascavel, que permite identificar as
tempestades severas e quantificar a chuva em todo o Oeste do Estado.
Também foi criado o Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e
Desastres (Cegerd), que reúne informações de diversos órgãos para emitir
alerta de desastres aos municípios e faz a gestão em caso de eventos
climáticos. Além disso, foram adquiridos 30 veículos, 160 kits de
salvamento em águas rápidas e 192 conjuntos para busca e resgate em
situações como desabamentos, deslizamentos, incêndios, furacões e
vendavais.
O Paraná também se tornou o primeiro e único estado brasileiro em que
100% dos municípios têm um Plano Municipal de Contingência de Proteção e
Defesa Civil.
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