Importantes culturas, como milho e soja, estão em fases críticas
 A última semana apresentou tempo seco e altas temperaturas no Estado, e
 nem mesmo as precipitações esparsas que amenizaram o forte calor foram 
suficientes para recompor a umidade no solo. Segundo a Emater, esse 
cenário, aliado à perspectiva de um verão com chuvas abaixo da média, 
tem preocupado os produtores.
 Importantes culturas, como milho e soja, se encontram em fases críticas
 quanto à deficiência hídrica. Caso se confirme o prognóstico de pouca 
chuva, neste momento em que a maioria das lavouras se encontra em fases 
de floração e formação de grãos, a probabilidade de uma redução na 
produtividade das culturas aumenta de maneira significativa.
 O milho começa a ser prejudicado de forma mais incisiva pela falta de 
umidade no solo. As lavouras em plena formação de espiga e enchimento de
 grãos apresentam leve redução do tamanho dos mesmos. O momento é 
extremamente crítico para a cultura, uma vez que 75% das lavouras estão 
entre as fases de floração e enchimento de grãos, 35% e 40%, 
respectivamente. Em nível estadual, a colheita do milho atinge 2% da 
área, aproximando-se bastante da média dos últimos anos.
 A soja está com crescimento muito lento, também devido às altas 
temperaturas e à baixa umidade no solo. Nas horas mais quentes do dia, 
as plantas apresentam sintomas de estresse hídrico, com folhas murchas e
 pequena distância dos entrenós.
 O controle de ervas invasoras realizado antes da diminuição da umidade 
do solo foi considerado satisfatório, embora alguns produtores tenham 
deixado passar o ponto ideal de aplicação dos herbicidas, resultando em 
permanência de plantas daninhas em algumas áreas. A aplicação de 
fungicidas também começa a ficar prejudicada devido à baixa umidade.
 As lavouras começam a entrar em fase de floração de modo mais intenso, 
alcançando 3% do total da área semeada, que é de 5,7 milhões de ha, 
aproximadamente.
 Estiagem prejudica produção de leite
 A estiagem está prejudicando o desenvolvimento das pastagens de verão 
e, consequentemente, influenciando a produção de leite no Rio Grande do 
Sul. De acordo com informações da Emater, no momento, o fornecimento de 
ração é controlado com mais rigor devido aos baixos preços pagos aos 
produtores de leite.
 Em algumas regiões do Estado, como a Campanha, o plantio das pastagens 
de verão está atrasado devido à falta de umidade do solo. Isso preocupa 
os produtores, uma vez que a dieta alimentar pode se tornar restritiva e
 desbalanceada.
 A manutenção dessa situação por tempo prolongado pode ter como 
consequência animais com condição corporal desfavorável na entrada do 
inverno. A comercialização do leite apresenta dificuldade, com preços em
 contínua queda. O maior número de vacas em lactação nesta época 
pressiona ainda mais a situação desfavorável, aumentando de maneira 
considerável a produção, o que reduz ainda mais o preço final do 
produto.
 Colheita do feijão está acelerada
 A colheita da primeira safra de feijão está em andamento, com 
produtividade considerada satisfatória até o momento, variando de 1.200 
kg/ha a 1.500 kg/ha na maioria das lavouras para fins de subsistência 
familiar. Já nas lavouras comerciais, foram obtidos rendimentos maiores,
 girando ao redor dos 1,8 mil kg/ha de boa qualidade.
 Segundo a Emater, das culturas de sequeiro, o feijão da primeira safra é
 o menos afetado pela falta de umidade neste momento. A cultura se 
encaminha para o final do ciclo, com a colheita acelerada devido ao 
clima. Já foi colhida 25% da área plantada. Outros 15% já estão maduros e
 35%, em fase final de formação de grão. 
    Fonte: Agrolink    
    
        
    
 
 
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