A cinco dias do final do ano, a produção de
Itaipu já é a quarta melhor no ranking histórico da usina. Nesta
terça-feira, 26, por volta do meio-dia, a usina ultrapassou a geração de
94,7 milhões de megawatts-hora (MWh) obtida em 2008.
Essa energia toda seria suficiente para atender a cidade de Foz do
Iguaçu, que sedia a usina no lado brasileiro, por 170 anos, e o Estado
do Paraná inteiro por três anos.
A expectativa é que a usina feche o ano com uma produção acima de 96
milhões de MWh, um milhão de MWh a mais do que a projeção inicial para
2017. Este ano ficará atrás apenas do “trio de ouro”, os três melhores
da história da operação. Em 2012, a usina gerou 98,3 milhões de MWh; em
2013, foram 98,6 milhões de MWh e, em 2016, bateu o recorde mundial, com
103,1 milhões de MWh.
Para um ano hidrológico desfavorável, o pior de todos os tempos, 2017
ficou acima das expectativas. Com as chuvas localizadas, boa gestão e
equipamentos em dia, a Itaipu conseguiu manter um patamar de geração
admirável.
Segundo o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Leone
Vianna, o bom resultado de 2017 é uma combinação de vários fatores.
“Passa por uma boa gestão das afluências, pelo excelente desempenho das
equipes de operação e manutenção dos equipamentos da usina, de uma boa
disponibilidade dos sistemas de transmissão brasileiro e paraguaio,
assim como pelos sinais econômicos de elevação do consumo do Brasil e do
Paraguai”, diz.
O diretor ainda acrescenta: “Tudo isso complementado pela boa
coordenação eletrohidroenergética entre as empresas envolvidas: Itaipu,
Eletrobras-Furnas, Copel, ONS e a paraguaia Ande, além do
compartilhamento das previsões de afluência com as usinas de Rosana e
Porto Primavera”.
Em 2016, Itaipu atendeu 76% do mercado paraguaio e 17% do mercado
brasileiro de energia elétrica. Os 103 milhões de MWh produzidos no ano
passado pela binacional poderiam iluminar todo o planeta por dois dias.
Com os 2,5 bilhões de MWh produzidos desde o início da operação, em 33
anos e meio, o mundo inteiro seria iluminado por mais de 40 dias.
(Rádio Educadora/Com Inf. Assessoria)
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