Levantamento divulgado pelo
Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da
Agricultura, aponta que a safra 2017, somada a de verão/outono, está
estimada em 39,1 milhões de toneladas, cerca de 26,1% superior a obtida
na mesma temporada em 2016.
A colheita de feijão segunda safra caminha para o final com repercussão na qualidade devido ao excesso de chuvas no início do mês de junho. A de milho, também segunda safra, está iniciando, devendo intensificar-se com a melhora das condições climáticas dos últimos dias e ao longo do mês de julho.
A colheita de feijão segunda safra caminha para o final com repercussão na qualidade devido ao excesso de chuvas no início do mês de junho. A de milho, também segunda safra, está iniciando, devendo intensificar-se com a melhora das condições climáticas dos últimos dias e ao longo do mês de julho.
Cleverson Beje FAEP/Arquivo ANPr
O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, diz que
esse volume de produção da safra paranaense é resultado da integração
do setor público e privado, da dedicação dos produtores rurais, da
vocação associativista e cooperativista, mais o processo de capacitação
constante de técnicos e produtores no meio rural paranaense.
Soja
A produção de soja no Paraná é de 19,6 milhões de toneladas, volume 19% superior aos 16,5 milhões de toneladas produzidas na safra 2015/16. O clima favorável foi fator determinante para o resultado positivo, segundo o economista chefe da Divisão de Conjuntura Agropecuária e responsável pela cultura de soja do Deral, Marcelo Garrido. A área cultivada foi de 5,25 milhões de hectares, valor levemente inferior à da safra 2015/16, quando foram semeados cerca de 5,28 milhões de hectares, diz Garrido.
Soja
A produção de soja no Paraná é de 19,6 milhões de toneladas, volume 19% superior aos 16,5 milhões de toneladas produzidas na safra 2015/16. O clima favorável foi fator determinante para o resultado positivo, segundo o economista chefe da Divisão de Conjuntura Agropecuária e responsável pela cultura de soja do Deral, Marcelo Garrido. A área cultivada foi de 5,25 milhões de hectares, valor levemente inferior à da safra 2015/16, quando foram semeados cerca de 5,28 milhões de hectares, diz Garrido.
Com um volume maior, os produtores enfrentam redução nos valores
recebidos. Em junho de 2016, o produtor recebeu, em média, cerca de R$
81,00 por saca de 60 kg. Na última semana, a mesma saca foi
comercializada por R$ 58,00, uma redução de 28%.
O valor menor tem impactado na comercialização. Até o momento
foram negociados cerca de 55% do produto, ou 10,8 milhões de toneladas.
Na safra passada, neste mesmo período, já haviam sido comercializados
12,5 milhões de toneladas, 75% do volume produzido. "Essa condição está
sendo monitorada com mais atenção", afirmou Garrido.
Milho
A colheita da segunda safra de milho iniciou-se de forma
intensiva na última semana de junho. Devido ao atraso no plantio em
decorrência de fatores climáticos, a colheita será também tardia. Nesta
semana a colheita é estimada em 4% de uma área total de 2,4 milhões de
hectares, informou o técnico do Deral, Edmar Gervásio.
A produtividade esperada é superior a 5.700 quilos por hectare,
que pode resultar no final da safra uma produção total superior a 13,8
milhões de toneladas.
Para o cenário brasileiro espera-se uma produção total superior a
93 milhões de toneladas, e isto fatalmente pressiona os preços do
milho, destacou Gervásio. No Paraná a saca de 60 quilos está sendo
negociada entre R$ 19,00 e R$ 21,00, no mesmo período do ano passado o
milho era negociado a valores superiores a R$ 38,00.
A alta disponibilidade de milho no mercado interno pode
propiciar um aumento significativo nas exportações e o Paraná poderá
atingir mais de 4 milhões de toneladas exportadas neste ano. A segunda
safra de milho ainda demanda atenção, pois há ainda pelo menos 50% de
toda a área suscetível a risco climático e consequentemente uma eventual
perda de produtividade, diz Gervásio.
Trigo
A projeção de área plantada teve poucas alterações neste último
mês, estando avaliada em cerca de 970 mil hectares. Confirmada essa
estimativa, a redução de área poderá atingir o percentual de 11% frente a
área cultivada na safra 2016.
De acordo com o agrônomo responsável técnico pela cultura de
trigo, Carlos Hugo Godinho, os plantios estão evoluindo de forma mais
precoce este ano, com percentuais expressivos de plantio em abril e
maio, chegando a 71% no dia 31 de maio, 11 pontos acima da média para o
período. Atualmente a área de trigo plantada é estimada em 92% do total.
Godinho explica que isto se deve à intenção dos produtores de antecipar
o plantio e, consequentemente, a colheita do trigo, a fim de realizar
os plantios de verão no período ideal. Segundo ele, as condições
sanitárias das lavouras estão boas, contudo as previsões de que as
chuvas sejam superiores à média neste inverno e início de primavera
preocupam, pois podem prejudicar a qualidade do cereal e os trabalhos de
colheita.
Feijão segunda safra
A colheita de feijão da segunda safra já atingiu cerca de 96% dos
237 mil hectares cultivados nesta safra e o restante deverá ser
concluído nos próximos dias. De acordo com Methódio Groxko, economista e
responsável técnico e conjuntural da cultura, a produção está estimada
em 355 mil toneladas, o que significa uma redução de 19%, em função do
excesso de chuva durante o período de colheita.
A geada no final de abril e as chuvas causaram perdas no volume
de produção e principalmente na qualidade do produto. Em função da baixa
qualidade, a comercialização está mais lenta, tendo atingido apenas
70%, contra 95% no mesmo período do ano passado.
Em relação aos preços, os produtores estão recebendo R$159,00
por saca de 60 kg para o feijão de cor, e R$ 133,00 pela mesma
quantidade de feijão preto. Esses preços significam uma redução de 58%
para o feijão de cor e 31% para o feijão preto, comparativamente ao mês
de junho de 2016, afirmou Grosko.
AEN-PR
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