
Produto Interno Bruto do setor cresceu 11,5% 
A agropecuária do Paraná teve em 2017 o 
melhor des
empenho em quatro anos. A safra recorde de grãos e o bom 
resultado da pecuária fizeram o Produto Interno Bruto (PIB) do setor 
crescer 11,5% no ano passado. Sozinha, a agropecuária adicionou R$ 35,9 
bilhões à economia do Estado, de acordo com dados do Instituto 
Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
O setor foi um dos principais 
responsáveis pelo fim da recessão no Paraná. A agropecuária respondeu 
por 9,8% do PIB do Estado em 2017. No Brasil, o setor primário respondeu
 por 5,3%.
Desde 2013, quando cresceu 18%, a 
agropecuária não registrava um avanço acima de dois dígitos no Estado. 
Maior produtor de carne e segundo maior produtor de grãos do País, o 
Paraná respondeu por 12% da produção agropecuária brasileira. No ano 
anterior, a participação havia sido de 11,8%.“Tivemos a maior e melhor 
safra da história do Paraná, e a produção de frango, suínos e peixes, 
além de madeira e leite, continuou a ter um papel importante na cadeia 
da agropecuária” diz o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara.
DESTAQUE NACIONAL
 – O Paraná se destacou nas principais culturas em 2017, de acordo com 
números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Respondeu por 17,2% da produção de soja, 18,4% de milho, 52,2% de trigo,
 21,7% de feijão, 57,9% de cevada, 71,4% de centeio, 21,7% de aveia e 
1,3% de arroz.

Na pecuária, se consolidou como o maior produtor do País, resultado 
puxado, principalmente, pelo frango (30,9% do total de toneladas 
produzidas do Brasil) e de suínos (foto), com 21%.

Maior produtor de madeira do Brasil, o Estado também aumentou sua 
participação na silvicultura nacional. Em 2017, respondeu por 24,6% da 
produção de madeira em tora do País. Em 2015, essa participação havia 
sido de 22,2%.
“O Paraná se sobressai na produção agropecuária nacional mesmo tendo 
apenas 2,3% do território nacional e sem ter mais espaço para onde 
expandir a área de plantio, ao contrário dos estados do Centro-Oeste. É 
graças, principalmente, às elevadas produtividades que o Paraná consegue
 expandir a produção”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do 
Ipardes.
RECORDE – Em 
2017, além das novas tecnologias aplicadas no campo, o clima colaborou 
no recorde de produção de grãos. “O clima ajudou muito durante o 
desenvolvimento dos cultivos. Nas fases cruciais do plantio deu tudo 
certo. Com isso, o Paraná registrou produtividades muito acima das 
médias históricas em várias culturas”, afirma Francisco Simioni, 
diretor-geral do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da
 Agricultura e do Abastecimento.
Ele lembra que o milho (foto)
 rendeu 9,5 mil quilos por hectare, contra uma média de 8,7 mil quilos. A
 soja registrou produtividade de até 4 mil quilos por hectare, sendo a 
média de 3,6 mil. A safra de verão, principal do Estado, somou o recorde
 de 25,3 milhões de toneladas.

PROJEÇÕES POSITIVAS
 – Para 2018, embora a produção deva voltar para patamares históricos – 
em torno de 22,7 milhões de toneladas, as projeções são positivas. “Os 
preços internacionais melhoraram e estão sustentados. A demanda maior da
 China, a quebra da safra da Argentina e a redução dos estoques mundiais
 de soja e milho devem manter as cotações em patamares mais elevados” 
diz Simioni.
Na safra 2017/2018, o produtor, de olho nos preços, plantar soja ao 
invés do milho, que rende menos por hectare. A área destinada à produção
 de milho da primeira safra foi reduzida em 35%, para 332,8 mil hectares
 no Estado. A área da soja, por outro lado, aumentou 4% – para 5,46 
milhões de hectares.
“A safra paranaense de grãos será menor, mas dentro dos patamares 
históricos. Será uma produção respeitável e que contará com preços 
melhores, o que será bom para os produtores e para o PIB do Estado”, diz
 o secretário Ortigara.
EFEITO NO PIB –
 Em 2018, a agropecuária deve contribuir para o crescimento do PIB 
principalmente pelo seu efeito indireto na economia. “Com mais dinheiro 
com a venda da safra, o produtor rural deve ajudar a movimentar o 
comércio e os serviços em especial no Interior do Estado”, diz Suzuki 
Júnior, do Ipardes.
np diario 
 
 
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