sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Julho e agosto secos fazem subir o número de incêndios ambientais em Curitiba

Média saltou de 35 por mês no primeiro semestre para 63 nos últimos dois meses; imprudência humana ajuda

  
Julho e agosto secos fazem subir o número de incêndios ambientais em Curitiba
Incêndio ambiental na região do Parque Náutico da Capital (Foto: Franklin de Freitas)
O clima seco dos últimos dois meses fez aumentar o número de incêndios ambientais em Curitiba. Se no primeiro semestre foram registrados 214 ocorrências, com uma média de 35 casos por mês, julho e agosto ficaram muito mais acima, com uma média de 63 casos em cada um deles, quase o dobro do primeiro semestre — foram 127 casos nestes dois meses.
A falta de chuvas foi um cenário anormal em todo o Paraná depois de janeiro e fevereiro, meses com chuvas mais normais. Tanto que os números do primeiro semestre mostram um aumento de 44% em relação ao mesmo período do ano passado no Estado.
Os casos de incêndios amgientais são do sistema do Corpo de Bombeiros do Paraná, e incluem incêndios em campos, capoeira,mangues, matas, parques, pastagem, plantios e terreno baldios.
Entre as causas, além do clima seco, a imprudência humana. Muitas das ocorrências começam com bitucas acesas atiradas no ambiente, queima de lixo e até casos criminosos.
Nesta semana, a Concessionária Ecovia, responsável pelo trecho da BR-277 entre Curitiba e o Litoral, realizou uma campanha com motoristas, distribuindo porta-bitucas. Isso porque nos últimos meses (junho, julho e agosto), a Ecovia registrou 23 focos de incêndios às margens das rodovias, um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. “Com a estiagem de inverno, os meses de julho a setembro são propícios para esses incêndios em todo o país e estima-se que boa parte deles é causada pelo arremesso de bitucas de cigarro pelos motoristas nas margens das rodovias”, atesta Fabiano Medeiros, gerente de Atendimento ao Usuário e Engenharia da Ecovia.

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