A
 candidata a deputada federal Danielle Cunha (MDB-RJ), filha de Eduardo 
Cunha, pediu que a Justiça Eleitoral negue à ex-presidente Dilma 
Rousseff o registro de candidatura. Dilma é candidata ao Senado pelo PT 
de Minas Gerais.
Em pedido apresentado nesta segunda-feira (20/8) 
ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, Danielle alega que Dilma
 está inelegível por oito anos desde 2016, quando sofreu impeachment 
pelo Congresso. No entanto, quando derrubou a ex-presidente, o Senado 
decidiu que ela perderia o cargo, mas não sofreria as consequências da 
condenação por crime de responsabilidade, como a inelegibilidade.
 
Fernando Donasci
No documento, a deputada considera que a decisão do Senado 
Federal em "decretar a perda do cargo de Presidente da República sem a 
inabilitação para exercício da função pública viola frontalmente a 
Constituição da República, não podendo ser considerada apta a conferir 
capacidade eleitoral passiva a ora candidata Dilma Rousseff para o 
pleito 2018”.
Danielle cita o impeachment do 
ex-presidente Fernando Collor, no sentido que o afastamento do mandato e
 a inelegibilidade para o exercício de função pública são penas 
indissociáveis.
A deputada argumenta ainda que o artigo 
52 da Constituição, que trata dentre outros temas, do crime de 
responsabilidade, já foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal em duas
 oportunidades e a corte reconheceu a indissociabilidade entre sanções. O
 texto da Constituição, segundo ela, “não comporta interpretação na qual
 a sanção de inabilitação para o exercício de função pública possa ser 
dissociada da perda do cargo”.
Clique aqui para ler a petição.
 
 
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