Depois de assinar um pedido de punição e afastamento do juiz Sérgio 
Moro no Conselho Nacional Justiça, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) 
tentou suspender a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff 
(PT) no Senado. Requião e outros sete senadores apresentaram uma questão
 de ordem para que o Senado suspendesse o julgamento de  Dilma até que a
 Câmara dos Deputados aprecie o pedido de autorização para processar o 
vice-presidente Michel Temer (PMDB). Com informações do Estadão.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMB-AL) rejeitou o pedido de
 Requião e de outros sete senadores: João Capiberibe (PSB-AP), Cristovam
 Buarque (PPS-DF), Lídice da Matta (PSB-BA), Randolfe Rodrigues 
(Rede-AP), Paulo Paim (PT-RS) e Walter Pinheiro (ex-PT-BA).
No pedido, o grupo disse que não defende Dilma, mas sim um julgamento
 justo e eleições diretas convocadas por plebiscito. Os senadores 
questionaram o fato de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), 
ser inimigo declarado da presidente e, diante das acusações que lhe 
envolvem na Operação Lava Jato, ter admitido o pedido contra Dilma.
Eles afirmaram que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 
prosseguir com o pedido de impeachment contra Temer tem sido ignorada 
pela Câmara. “A Câmara vem negando-se a processar o vice por denúncia em
 crime conexo. O que naturalmente seria uma junção de processos para 
julgamento virou um ‘ela vai e ele não’, virou uma escolha de réus”, 
criticaram os senadores, na questão de ordem.
“Não há como negar, o julgamento da presidente está sendo isolado e 
maquiavelicamente orquestrado sem igualdade de tratamento em relação ao 
vice-presidente”, completou o grupo, no pedido de 16 páginas. 
 
 
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