Dois dos quatro vice-líderes do governo no Senado, Hélio José
(PMDB-DF) e Wellington Fagundes (PR-MT), anunciaram nesta sexta-feira,
22, que vão votar a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Em manifestações feitas no plenário da Casa, os dois – que são
integrantes da comissão especial que analisará o caso e constavam como
indecisos no Placar do Impeachment, publicado pelo jornal O Estado de S.
Paulo – passaram a defender o voto contra a permanência da petista.
Com essas novas manifestações, dos 42 participantes da comissão entre
titulares e suplentes, 27 já se declararam favoráveis, dez contrários,
um indeciso, três não quiseram responder e há ainda um voto em aberto – o
senador José Maranhão (PMDB-PB) deixou a comissão e a quinta indicação
do PMDB para a comissão está vaga
“Eu já antecipo a questão da admissibilidade, porque, para mim, é
inequívoco o Senado admitir uma questão que veio da instituição Câmara”,
disse Hélio José em pronunciamento no Senado. Ele é suplente da
comissão a ser eleita na segunda-feira e que começará os trabalhos no
dia seguinte.
Segundo o peemedebista, o seu compromisso é com a população do
Distrito Federal, com a dona de casa, com as pessoas que precisam de um
País estabilizado e que volte a crescer a e gerar empregos. “O meu
compromisso não é com pessoas”, ressaltou, ao defender que a
admissibilidade deveria ser admitida “de forma consensual” para se
depois fazer o julgamento.
Wellington Fagundes, por sua vez, disse que votará a favor do
afastamento porque o País está “politicamente” maduro para isso. Titular
da comissão especial, ele destacou que o voto não pode ser apenas
técnico e que a manifestação dos senadores é uma retribuição do
eleitorado.
“Agora cabe a nós votar; já foi votado na Câmara dos Deputados pela
maioria. Aí chega o momento político. Isso eu disse à presidente da
República (Dilma Rousseff) há 60 dias. Esta semana, eu tive a
oportunidade de mais uma audiência, em que fui discutir vários aspectos
de interesse do meu Estado que vou abordar daqui a pouco. Ela me
perguntou: ‘E aí, Senador Wellington, como está hoje a posição do
Senado?’ Eu não hesitei em dizer para a Presidente da República:
‘Presidente, hoje o clima no Senado é pela admissibilidade, porque todos
nós aqui somos políticos e temos que ouvir a população, temos que ouvir
as vozes das ruas'”, avaliou.
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