Pela terceira vez seguida em pouco tempo, Santos e Palmeiras 
decidiram sua sorte nos pênaltis. No Paulistão do ano passado deu 
Santos, na Copa do Brasil o Palmeiras ficou com o título, e desta vez 
brilhou a estrela de Vanderlei, que pegou dois pênaltis e sacramentou a 
classificação do Santos para a final do Campeonato Paulista. O 
adversário será o Audax, de Osasco, em dois duelos.
O empate no tempo normal por 2 a 2 teve uma reviravolta surpreendente
 nos últimos minutos, quando o Palmeiras perdia até os 42 do segundo 
tempo, mas, com dois gols do reserva Rafael Marques, levou a decisão 
para as cobranças de pênalti. Na disputa, vitória de 3 a 2 do Santos 
após Fernando Prass mandar seu chute para fora.
O Santos começou sufocando o Palmeiras e não dando espaço para o 
rival pensar. Cuca também escalou mal o time, apostando nos 
contra-ataques, mas com três jogadores ofensivos (Róger Guedes, 
Alecsandro e Gabriel Jesus) o poder de marcação da equipe ficou muito 
frágil.
Isso foi um prato cheio para os donos da casa, que só não começaram 
marcando um gol nos primeiros minutos porque Fernando Prass estava 
atento e salvou o Palmeiras. Aos 12, por exemplo, Gabriel fez boa jogada
 pela direita, mas chutou para fora. Minutos depois, Prass defendeu pelo
 menos duas bolas em uma pressão do adversário.
Com muitos buracos no meio, o Palmeiras não conseguia levar perigo ao
 gol rival. O time errava muitos passes e não conseguia se desvencilhar 
da marcação dos santistas. A única boa chance do primeiro tempo veio com
 Róger Guedes, que fez uma linda jogada individual e chutou da entrada 
da área, mas Vanderlei espalmou para escanteio.
Desnorteado e mal posicionado em campo, o Palmeiras acabou sofrendo o
 gol aos 36. Lucas Lima roubou a bola de Matheus Sales e deu um ótimo 
lançamento para Gabriel. O atacante limpou Egídio, depois Vitor Hugo, em
 sua especialidade que é cortar da direita para o meio, e mandou no 
canto, abrindo o placar.
Apesar de os dois técnicos não mexerem na escalação após o intervalo,
 ambos mudaram a postura de suas equipes. Cuca tentou proteger um pouco 
mais o meio, deixando o time mais compacto, e Dorival apostou nos 
contra-ataques, até por ter a vantagem no placar. Nos primeiros minutos o
 Palmeiras até deu a impressão de que incomodaria mais, porém as jogadas
 em velocidade do Santos foram minando os defensores rivais com cartões.
Cuca então colocou em campo Cleiton Xavier e Rafael Marques, para 
tentar dar um ânimo novo para seu ataque. Aos 16, poderia ter comemorado
 caso Gabriel Jesus acertasse a finalização na cara de Vanderlei, mas o 
garoto mandou para fora. Foi a melhor chance do time na partida até 
então, em um momento crucial.
A partir daí, o Santos tratou de tocar a bola e deixar o maestro 
Lucas Lima ditar o ritmo. E, aos 28, de seu pé nasceu a jogada do 
segundo gol. Ele tocou para Zeca na esquerda, o lateral limpou o 
marcador e tocou para Gabriel fazer seu segundo gol.
Só que era um clássico e o velho ditado que diz que 2 a 0 é um placar
 perigoso mostrou sua face novamente. Em dois minutos, aos 42 e 44, 
Rafael Marques fez dois gols, um na saída de Vanderlei e outro em bela 
cabeçada aproveitando o cruzamento de Cleiton Xavier, e calou a Vila 
Belmiro de torcida única.
No final, o Santos foi mais eficiente nas cobranças de pênalti e 
garantiu a vaga na final do Paulistão. David Braz, Zeca e Victor Ferraz 
converteram as cobranças da equipe da casa, enquanto apenas Cleiton 
Xavier e Jean fizeram pelo Palmeiras. Lucas Lima errou pelo time 
santista, enquanto Lucas Barrios, Rafael Marques e Fernando Prass 
desperdiçaram pelos palmeirenses.
 
 
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