quinta-feira, 4 de maio de 2017

Paraná tem o menor índice de mortalidade infantil de sua história

 secretaria da saúde
 
O Paraná registra atualmente o menor índice de mortalidade infantil da história da saúde pública do Estado. O índice é de 10,49 mortes de bebês a cada mil nascidos vivos, na média do Estado. As regionais da Secretaria Estadual de Saúde de Paranavaí, Francisco Beltrão, Cianorte, Toledo, União da Vitória, Telêmaco Borba e Maringá já apresentam índice de um dígito (menor que 10). Nos últimos anos, o Estado reduziu a mortalidade infantil em 14% e a mortalidade materna caiu em 29% – comparado aos índices de 2010. 

Os números foram apresentados nesta quinta-feira (04), durante o 6º Encontro da Rede Mãe Paranaense, que acontece em Curitiba. Mais de 1.600 pessoas participam do evento, entre gestores, médicos, enfermeiros e outros profissionais ligados à atenção materno-infantil, dos 399 municípios paranaenses. 

“Os resultados fazem do Mãe Paranaense uma referência. Preservamos mais de 800 vidas com a implantação desse programa”, afirmou o governador Beto Richa. “A meta é que o índice médio do Estado chegue a um dígito”, disse Richa. O governador definiu como históricos os investimentos feitos na área da saúde do Paraná nos últimos anos, o que, afirmou, resulta em bons resultados de programas como o Mãe Paranaense. Paraná tem o menor índice de mortalidade infantil de sua história

“Nos dez anos que antecederam a nossa gestão foram investidos cerca de R$ 6,7 bilhões em saúde. Em pouco mais de seis anos, já investimos R$ 15 bilhões na área”, afirmou. “Além dos investimentos vultosos, um grande planejamento, ações e programas qualificados e uma equipe competente garantem a melhoria dos índices”, ressaltou. 

RECURSOS E AÇÕES - Desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, o programa Mãe Paranaense recebeu, em seis anos, investimento de mais de R$ 630 milhões. Hoje 160 maternidades e hospitais integram a Rede, sendo que 30 deles são referências em gestação de alto risco. 

Foram implantados 18 Centros Mãe Paranaense. Nas regiões onde não há Centro, as gestantes e bebês são atendidos em ambulatório hospitalar. “Portanto, todas as 22 regionais de saúde dispõem de atendimento especializado”, disse o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto. “Graças a um trabalho contínuo, que envolve capacitação, estruturação, apoio aos hospitais e maternidades, atingimos a menor taxa de mortalidade infantil da história do Paraná”, afirmou.

As ações salvaram 800 vidas. A projeção é de que 634 bebês e 182 gestantes poderiam ter morrido, caso o Estado mantivesse os índices de mortalidade de 2010. 

QUALIFICAÇÃO CONTÍNUA – O secretário destacou a importância da qualificação contínua dos profissionais envolvidos no programa. “Nestes dois dias intensos de trabalho, faremos uma atualização do conhecimento. São 1.600 participantes, de todas as regiões do Estado, profissionais da área hospitalar e também da atenção básica de saúde”.

ESTRATÉGIA – A redução da mortalidade infantil a um dígito em diversas regiões foi também resultado da implantação de novas estratégias do Mãe Paranaense. Uma delas é o Laboratório de Inovação de Governança da Rede, implantado em 2015 nas cinco regionais da Saúde no Noroeste. 

O superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd, explicou que a Secretaria da Saúde está refinando as estratégias de atenção às gestantes e aos recém-nascidos. “Criamos comitês de governança nas macro-regiões para tratar dos desafios e ferramentas para qualificação dos profissionais. Temos que trabalhar com a realidade de cada região. Mesmo aquelas que já atingiram um dígito têm que se manter com essa média”, afirmou. 

O comitê de governança reúne gestores estaduais, regionais e municipais com os prestadores de serviços da área materno infantil da região para analisar os principais gargalos e interferir no processo de atendimento às gestantes e bebês.

Em 2016, o projeto já foi implantado nas regionais do Norte. Ainda neste primeiro semestre o laboratório de governança da Rede Mãe Paranaense será implantado nas regionais Leste e Oeste. 

PRESENÇAS – Participaram da solenidade a secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; o chefe da Casa Militar, coronel Adilson Castilho Casitas; o secretário municipal da Saúde de Curitiba, João Carlos Baracho; e os deputados estaduais Guto Silva, Tião Medeiros e Márcio Nunes.

Gestantes têm pré-natal e ambulatórios especializados 

Pela Rede Mãe Paranaense, as gestantes têm acompanhamento pré-natal com no mínimo sete consultas e pelo menos 23 exames.

Têm garantia de ambulatórios especializados em caso de risco para mães e bebês. E agendamento de partos vinculados a hospitais referência conforme o risco gestacional.

Hoje, 83,5% das gestantes do Estado recebem o acompanhamento gestacional adequado e sabem com antecedência onde vão dar a luz.

Em caso de partos de risco, a gestante é encaminhada a um hospital com retaguarda de UTI tanto para a mãe quanto para o bebê. Quando necessário, o Governo do Estado garante a transferência da gestante e bebê através do transporte mais adequado, por via terrestre ou aérea.

Governo continua qualificando serviços

Para fortalecer ainda mais a atenção materno-infantil no Paraná, o Governo do Estado continua qualificando os serviços que fazem parte da Rede Mãe Paranaense. Neste ano, serão entregues 10 cardiotacógrafos – utilizados para monitorar os batimentos cardíacos do bebê intra-útero (essencial para auxiliar no momento pré parto) e 15 camas PPP (pré-parto, parto e pós-parto).

Para o gerente de Relações Institucionais do Hospital Evangélico de Londrina, Reilly Lopes, a parceria do Estado com os hospitais de referência é essencial para a manutenção do serviço. “O subsídio financeiro e a entrega de equipamentos são fundamentais para dar continuidade ao atendimento das gestantes de risco”, contou. 

O Evangélico é referência de atendimento na região Norte, com foco em 21 municípios. “Se as gestantes não tiverem uma estrutura pronta para recebê-las, a chance de mortalidade é muito maior. Graças ao incentivo do governo conseguimos manter nosso hospital em perfeitas condições e o serviço funciona de forma plena”, salientou.

Receberão cardiotacógrafos a Santa Casa de Campo Mourão, Secretaria Municipal da Saúde de Imbituva, Hospital São Lucas de Pato Branco, Hospital São Paulo de Cianorte, Centro Mãe Paranaense de Campo Mourão, Santa Casa de Ibiporã, Hospital Municipal de Rolândia, Hospital do Trabalhador – Curitiba e Centro Mãe Paranaense de Apucarana. 

Serão entregues camas PPP para o Hospital Regional do Sudoeste Walter Alberto Pecoits, Santa Casa de Paranavaí, Norospar, Maternidade Victor Ferreira do Amaral (Curitiba), Hospital Evangélico de Londrina, Hospital Regional do Norte Pioneiro – Santo Antonio da Platina, Hospital do Trabalhador (Curitiba), Hospital Regional de Ponta Grossa, Hospital Universitário de Maringá, Maternidade Lucilla Ballallai de Londrina, Mater Dei (Curitiba), Maternidade Bairro Novo (Curitiba) e Hospital Universitário de Londrina.

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