Anúncio foi feito em vídeo postado no Twitter
Foto: Agência Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
 anunciou na tarde desta terça-feira, 22, pelo Twitter, que o governo 
vai zerar a Cide sobre a gasolina e o diesel para ajudar a reduzir o 
preço dos combustíveis no País. Ele também anunciou acordo para destinar
 100% dos recursos do projeto da reoneração da folha de pagamento para 
reduzir o impacto do aumento do diesel.
Maia afirmou que as duas medidas foram acertadas por ele e pelo 
presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), com o ministro da 
Fazenda, Eduardo Guardia. “Eu e o presidente do Senado combinamos com o 
governo federal: os recursos da reoneração serão todos utilizados para 
reduzir o impacto do aumento do diesel. E também acertamos com o 
ministro da Fazenda que a Cide será zerada com o mesmo objetivo: reduzir
 o preço dos combustíveis”, escreveu no Twitter.
A postagem foi acompanhada de vídeo no qual o presidente da Câmara 
aparece ao lado de Eunício e dos líderes do governo na Câmara, Aguinaldo
 Ribeiro (PP-PB), e no Congresso Nacional, deputado André Moura 
(PSC-SE). “Desde domingo estamos trabalhando nisso, buscando uma solução
 para que a população brasileira possa sentir do Congresso Nacional a 
verdadeira palavra em defesa dos interesses dos consumidores, sem 
prejudicar obviamente o Brasil”, disse o presidente do Senado.
O ministro da Fazenda ainda não se pronunciou sobre o assunto. Desde o
 início da manhã, Guardia tem tido uma série de reuniões com integrantes
 do Executivo e do Legislativo para debater propostas para ajudar a 
reduzir o preço dos combustíveis.
Em entrevista, ele apenas rechaçou que o governo tenha solicitado 
mudanças na política de preços da Petrobras e disse que não havia ainda 
decisão tomada sobre as medidas para reduzir os preços dos combustíveis 
na bomba.
A diminuição da alíquota da Cide depende apenas de um decreto do 
presidente Michel Temer para que passe a valer. A medida, porém, só 
passará a valer três meses após a assinatura do decreto.
Eu e o presidente do Senado combinamos com o Governo Federal: os recursos da reoneração serão todos utilizados para reduzir o impacto do aumento do diesel. E também acertamos com o ministro da Fazenda que a CIDE será zerada com o mesmo objetivo: reduzir o preço dos combustíveis.
Atos
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) defendeu em nota 
“firmeza” nos protestos em todas as regiões do País até que haja “um 
posicionamento efetivo” do governo em relação aos tributos sobre os 
combustíveis. “Apesar de o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo 
Maia, ter manifestado interesse em reduzir a alíquota da Cide, a 
categoria manterá a agenda de protestos pelo País. É imprescindível uma 
política de isenção de impostos incidentes no óleo diesel e controle dos
 aumentos dos combustível”, disse a associação.
O presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, divulgou vídeo no site 
da associação pedindo aos caminhoneiros que deem continuidade às 
manifestações. “Hoje a Petrobras resolveu diminuir o preço do 
combustível, entretanto isso não resolve o nosso problema. Queremos uma 
política de redução de impostos e controle dos aumentos dos 
combustíveis”, afirmou Lopes. “Esperamos uma resposta do governo. Até 
lá, continuaremos a manifestar nossa insatisfação.” A associação 
ressaltou na mesma nota que os tributos são responsáveis por 27% do 
preço final do produto, sendo 1% Cide, 12% PIS/Cofins e 14% ICMS.
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