A Federação Única dos Petroleiros (FUP) classificou como
“vitoriosa” a greve temporária deflagrada nesta terça-feira (29) e
suspensa hoje (31). Para o coordenador-geral da entidade sindical, José
Maria Rangel, a paralisação chamou a atenção para uma pauta que
extrapola às reivindicações da categoria.
“Conseguimos dialogar
diretamente com a pauta da sociedade, que não aguenta mais pagar o preço
abusivo que está sendo cobrado no litro da gasolina, do óleo diesel e
também pelo botijão de gás”, disse Rangel em vídeo compartilhado pelas
redes sociais.
Esta tarde, a Petrobras informou que todas as suas
unidades já voltaram a operar. Em 95% delas, a greve já havia sido
encerrada. Nos 5% restantes, equipes de contingência estavam atuando
para normalizar a situação. Segundo a estatal, não houve impactos para a
produção e nem há risco de desabastecimento.
No vídeo, o
coordenador da FUP critica a gestão do atual presidente da Petrobras,
Pedro Parente, pela política de preços atualmente em vigor. Os
petroleiros criticam o aumento dos preços do gás de cozinha e derivados e
cobram a retomada da produção plena das refinarias do país.
Rangel
também critica a Justiça trabalhista, que julgou a greve ilegal. O
Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou uma multa diária de R$
500 mil ao movimento. Posteriormente, aumentou o valor de eventuais
sanções para R$ 2 milhões. “A Justiça do Trabalho está ao lado do
capital, da criminalização dos movimentos sociais.”
Esta manhã, a
FUP recomentou que os petroleiros de todo o país suspendessem a greve e
retornassem a suas atividades. No primeiro momento, a entidade chegou a
anunciar que a suspensão representa um recuo momentâneo e necessário
para a construção de uma paralisação por tempo indeterminado.
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