A defesa afirma que as investigações não podem prosseguir porque o Ministério Público Federal no Paraná também está apurando o caso
 A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu na 
sexta (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a 
investigação sobre supostas irregularidades na compra da cota de um 
apartamento tríplex, no Guarujá, e em benfeitorias feitas em um sítio 
frequentado por Lula em Atibaia, também em São Paulo. A relatora do 
pedido é a ministra Rosa Weber.
 A medida foi tomada após o ex-presidente ser intimado nesta no mesmo 
dia para prestar depoimento no Ministério Público de São Paulo (MPSP) no
 dia 3 de março, às 11h.
 Na petição enviada ao Supremo, os advogados afirmam que as 
investigações não podem prosseguir porque o Ministério Público Federal 
(MPF) no Paraná, no âmbito da Operação Lava Jato, também investiga o 
caso e não tem competência para apurar os fatos.
 Para a defesa, os fatos não estão relacionados com as investigações da 
Lava Jato, em Curitiba, porque os imóveis são registrados em São Paulo, 
as propriedades não pertencem ao ex-presidente e não há competência da 
União para atuar no caso.
 Na terça-feira (22), após adiar depoimento de Lula no Ministério 
Público de São Paulo, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) 
manteve o promotor de Justiça do MPSP Cássio Conserino na condução das 
investigações.
  Ex-presidente nega acusações
 
 Em nota divulgada na semana passada, o Instituto Lula afirmou que o 
ex-presidente nunca foi proprietário do apartamento tríplex alvo de 
investigação. “Lula e Marisa adquiriram apenas, em 2005, uma cota-parte 
referente ao antigo condomínio Mar Cantábrico, então sob 
responsabilidade da Bancoop [Cooperativa Habitacional dos Bancários de 
São Paulo]. Essa aquisição foi devidamente declarada ao Fisco e tanto a 
Justiça como a imprensa dispõem de documentos que comprovam esses 
fatos.”
 Apesar de ter participação no empreendimento, Lula diz que optou por 
não adquirir o imóvel após a conclusão do edifício. O projeto acabou 
sendo assumido pela construtora OAS devido aos problemas financeiros 
enfrentados pela Bancoop.
 
 
 
         
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