Com rebaixamento da nota brasileira por agências de risco, Dilma diz 
que é necessário "estabilizar situação fiscal". Em visita ao Chile, 
presidente não compareceu à festa de 36 anos do PT.
 A presidente Dilma Rousseff defendeu neste sábado (27/02) a reforma da 
previdência e a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação 
Financeira (CPMF) para que o país recupere o equilíbrio fiscal e o grau 
de investimento das agências de classificação de risco.
"Temos de estabilizar a situação fiscal", disse a jornalistas em Santiago durante visita oficial ao Chile. "Podemos fazer uma reforma com tranquilidade, com período longo de transição."
 O projeto do governo de reintroduzir a CPMF encontra resistência de 
parlamentares, até mesmo da base governista. "Precisamos, sim, de corte 
nas despesas, mas precisamos também de receitas. Nós não passamos por 
essa ponte sem receitas. E daí a importância da CPMF", escreveu Dilma em
 nota divulgada pela Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto.
 Nesta semana, a agência de classificação de riscos Moody's rebaixou a 
avaliação do crédito soberano do Brasil para abaixo do nível de 
investimento, retirando o selo de bom pagador do país. A Moody's seguiu 
movimentos semelhantes feitos pelas agências Standard & Poor's e 
Fitch, que também retiraram o grau de investimento do país.
 Ausência na festa do PT
 Em visita oficial ao Chile, Dilma não participou neste sábado da festa 
de 36 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), comemorada no Rio de 
Janeiro. Questionada sobre a ausência, Dilma disse que o partido foi 
avisado de que ela não compareceria devido ao encontro com a presidente 
chilena, Michele Bachelet, e à reunião na Comunidade de Estados 
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
 As relações entre Dilma e o PT têm sofrido desgastes. A presidente tem 
sofrido críticas pela condução da política econômica. Na sexta-feira, o 
diretório nacional do PT sinalizou que a legenda não aceitaria um 
caminho para o equilíbrio fiscal "pavimentado por sacrifícios do povo 
trabalhador".
 Dilma afirmou que as divergências são normais. "O governo é uma coisa, 
os partidos são outra", disse. "Eu sempre pedirei apoio e conto com o 
apoio deles. Eu não governo só para o PT. Eu governo para os 204 milhões
 de brasileiros."
 Em Santiago, Dilma e Bachelet firmaram acordos de cooperação nas áreas de defesa, ciência e economia.
    Fonte: Terra    
    
        
    
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário