Caso um médico não informe o CPF do paciente, ambos cairão na malha fina
Para esta próxima declaração, o contribuinte também terá de informar o CPF do dependente a partir de 14 anos
Carlos Poly/ACS/Araucária
O supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir, explicou que a 
partir deste ano os médicos e advogados terão de declarar o CPF dos seus
 pacientes e clientes. Essa é parte de algumas das mudanças que foram 
realizadas na declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física referente 
ao ano de 2016 (ano calendário 2015).
Caso um médico não informe o CPF do paciente, ambos cairão na malha 
fina. Para esta próxima declaração, o contribuinte também terá de 
informar o CPF do dependente a partir de 14 anos. A expectativa da 
Receita Federal é receber 28,5 milhões de declarações neste ano — em 
2015 foram 27,8 milhões.
O programa para preenchimento da declaração será disponibilizado na 
internet a partir de 25 de fevereiro. A entrega começa a partir de 1º de
 março e vai até 29 de abril. Em 2 de maio será disponibilizado o 
rascunho para o ano seguinte.
Segundo Adir, toda pessoa física residente no Brasil que, no 
ano-calendário de 2015, recebeu rendimentos de valor superior a R$ 
28.123,91 está obrigada a declarar Imposto de Renda.
A exigência se estende a quem recebeu rendimentos isentos, não 
tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi 
superior a R$ 40 mil; e obteve, em qualquer mês, ganho de capital na 
alienação de bens ou direitos ou realizou operações em bolsas de 
valores, de mercadorias e de futuros. Para o produtor rural, está 
obrigada a apresentar o documento a pessoa física que obteve receita 
bruta acima de R$ 140.619,55 no ano.
Deduções
Os limites para algumas deduções também foram alterados. O desconto 
máximo para dedução de educação, somando gastos com dependente e com o 
próprio titular, pode chegar a, no máximo, R$ 3.561,50. No ano passado 
esse limite era de R$ 3.375,83.
O limite por dependente também aumentou, passou de R$ 2.156,52 para 
2.275,08. O contribuinte poderá deduzir ainda a despesa previdenciária 
com empregado doméstico — até o ano passado esse valor era de R$ 
1.152,88, agora é de R$ 1.182,20. Despesas de saúde não têm limite. O 
desconto máximo permitido para o IRPF 2016/2015, por quem optar pela 
declaração simplificada, é de 20% dos valores tributáveis, limitado a R$
 16.754,34.
Adir explicou ainda que, se a pessoa não doou nada no ano passado, ela 
poderá doar até 3% do imposto devido para o ECA (Estatuto da Criança e 
do Adolescente). A Receita recebe esse dinheiro e repassa para os fundos
 indicados pela Secretaria de Direitos Humanos. No ano anterior não era 
permitido fazer essa doação pelo smartphone e pelo tablet, apenas pelo 
computador. Agora a opção estará acessível nas outras plataformas.
A entrega da declaração fora do prazo ou a não apresentação do documento
 submete o contribuinte à multa de 1% ao mês-calendário ou fração de 
atraso, calculada sobre o total do imposto devido, ainda que pago 
integralmente. O valor mínimo da multa é de R$ 165,74 e o valor máximo 
será de 20% do IR devido.
 
 
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