Foto:
           Diorgenes Pandini / Agencia RBS
Em
 conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final da 
tarde de domingo, em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer descartou
 a possibilidade de que o PMDB continue no governo Dilma Rousseff. 
Segundo interlocutores do petista, Temer teria dito que o processo de 
afastamento está muito adiantado nas bases do partido e é praticamente 
certo que o PMDB decida na terça-feira pelo desembarque. 
Nesta
 segunda, em entrevista a veículos de imprensa estrangeiros, também em 
São Paulo, Lula deu como certa a saída do PMDB do governo. Segundo o 
ex-presidente, a estratégia para barrar o impeachment de Dilma a partir 
de agora é atrair setores do partido à revelia da direção peemedebista, a
 exemplo do que aconteceu em 2003, quando integrantes do PMDB assumiram 
postos no primeiro governo Lula sem que a sigla tivesse aderido 
formalmente.
— Vai acontecer o que aconteceu em 2003 e vamos ter 
uma espécie de coalizão sem a concordância da direção. Não sei se é 
possível mas acho que é — disse Lula. 
De acordo com ele, os sete 
ministros peemedebistas disseram que não vão deixar os cargos, 
independentemente da decisão da direção na reunião de amanhã, e vão 
ajudar nas articulações para manter setores do partido contra o 
impeachment.
— Pelo que estou sabendo, os ministros do PMDB não 
sairão. Vou conversar com muita gente do PMDB — disse Lula aos 
jornalistas estrangeiros. 
No meio da tarde, o ex-presidente 
viajou para Brasília acompanhado do presidente do PT, Rui Falcão, para 
uma série de conversas com parlamentares de vários partidos, 
principalmente do PMDB. O petista incluiu Temer entre as futuras 
conversas, mas um novo encontro não foi agendado. 
Segundo 
interlocutores de Lula, a dúvida do governo agora é quanto ao tamanho da
 ala peemedebista que vai abandonar Dilma. Lula e o PT vão agir para 
evitar que a reunião desta terça-feira reforce a ideia de que Temer está
 passando um rolo compressor sobre o PMDB e arraste consigo partidos 
menores que ainda se mantém fiéis ao governo 
 
 
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