As chuvas ocorridas na região Sul do Brasil, em especial no Paraná,
entre setembro de 2015 e o início de fevereiro de 2016, devido ao
fenômeno El Niño, tiveram impacto na cultura da soja, com reflexo direto
na produtividade e na qualidade da produção. Neste momento, o Paraná
caminha para o final da colheita da soja, restando apenas áreas
localizadas ao Sul do Estado. Nas lavouras de grãos de verão, como soja,
milho e feijão da primeira safra (2015/16), as perdas foram mais
acentuadas nas regiões do Norte Pioneiro e Central. “Ainda assim, a
safra total de grãos deve ser boa”, diz o secretário da Agricultura e do
Abastecimento Norberto Ortigara. Segundo o relatório de março do
Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento, somadas a safra de grãos de verão, segunda safra e safra
de inverno, o Paraná tem potencial ainda para colher 38 milhões de
toneladas, repetindo o volume colhido no ano passado. VERÃO - A safra
paranaense de grãos de verão 2015/16, que está sendo finalizada, deverá
apresentar uma quebra de produção em torno de 6%, em relação ao mesmo
período do ano passado. Mesmo com excesso de chuvas, será colhido um
volume de 20,7 milhões de toneladas, contra 22 milhões de toneladas de
grãos colhidas no ano passado. O relatório do Deral indica ainda que a
segunda safra de grãos, tendo como carro chefe o milho safrinha, deverá
render um volume total de 13,4 milhões de toneladas, 9% acima do volume
produzido na mesma época do ano passado (12,2 milhões de toneladas.
INVERNO - Já a safra de inverno, liderada pelo plantio de trigo, começa a
ser plantada no início de abril e poderá render um volume de 4,1
milhões de toneladas - 11% acima do volume colhido no mesmo mês do ano
passado - de 3,7 milhões de toneladas. Assim, se não houver problemas de
clima daqui para frente, o Paraná poderá recuperar e ultrapassar o
volume de grãos produzidos em toda a safra anterior (2014/15).
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