Decisão foi tomada durante reunião rápida em Brasília
Em menos de cinco 
minutos, o PMDB aprovou há pouco, por aclamação, a moção que ratifica o 
rompimento do partido com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), 
com a recomendação de entrega imediata dos cargos no governo federal. No
 encontro, na Câmara dos Deputados, estavam presentes vários caciques do
 partido, incluindo o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que 
acatou o pedido de impeachment contra Dilma, avaliado por uma comissão 
de parlamentares. No entanto, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o 
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não participaram da 
reunião.
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Logo após abrir os trabalhos, o primeiro 
vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), leu a moção do 
peemedebista baiano Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Integração 
Nacional, e informou que havia um entendimento que ela fosse aprovada 
por aclamação e simbólica, o que ocorreu em seguida. Após a comemoração 
dos presentes, um grupo gritou, em coro, “Brasil, pra frente, Temer 
presidente” e Jucá emendou. “A partir de hoje, nessa reunião histórica, o
 PMDB se retira da base e ninguém no País está autorizado a exercer 
qualquer cargo federal em nome do PMDB”. Juca encerrou o encontro com um “Viva o Brasil” e membros do partido ainda tiveram tempo para entoar um “Fora PT”
Apresentada pelo diretório estadual da Bahia, a moção que 
aprovou o desembarque do PMDB do governo pede a "imediata saída do 
partido da base de sustentação do governo Dilma Rousseff", com "imediata
 entrega de todos os cargos", mas não estabelece prazo para entrega 
desses postos.
Na moção, aprovada por aclamação em uma reunião que durou 
menos de cinco minutos, o partido defende o desembarque do governo Dilma
 Rousseff, elencando uma série de problemas. Entre eles, as crises 
"econômica, moral e política" que, na avaliação do diretório estadual 
baiano, o Brasil vive e as "escolhas erradas nas ações do governo 
federal".
A legenda também considera que, embora Michel Temer seja 
vice-presidente da República, o partido "nunca foi chamado para discutir
 soluções econômicas ou políticas para o País". No documento, a legenda 
cita ainda "escândalos de corrupção" que tiveram participação de 
integrantes do governo, sem especificar que escândalos são esses.
Os peemedebistas afirmam que a "permanência do PMDB na base do
 governo fomentará uma maior divisão do partido". Essa divisão ficou 
explícita na própria reunião de hoje. Peemedebistas da ala governista, 
como o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, não participaram do 
encontro.
Na moção, o PMDB considera ainda que a manutenção do partido 
na base aliada do governo Dilma Rousseff vai "de encontro à pretensão" 
da legenda de lançar candidato próprio na eleição presidencial de 2018 e
 "principalmente, o anseio do povo brasileiro por mudanças urgentes na 
economia e política nacional". O partido não cita a palavra impeachment 
no texto.
"Solicitamos a imediata saída do PMDB da base de sustentação 
do governo federal com a entrega de todos os cargos em todas as esferas 
da administração pública federal", conclui o texto da moção aprovada. 
 

 
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