domingo, 29 de maio de 2016

Produtores já colheram 79% da segunda safra de feijão no Paraná


Grão atinge preço histórico com a saca sendo comercializada por R$ 250.
No entanto, por causa da chuva, a qualidade e a produtividade caíram.

Do G1 PR
Nos Campos Gerais do Paraná, os produtores colhem a segunda safra de feijão, também conhecida como safrinha. Em 2016, houve redução de 2% de área e agora, durante a colheita, o excesso de chuva compromete a qualidade do grão.
O feijão que era pra sair do campo seco e maduro, está sendo colhido com pelo menos 25% de umidade, o que é acima do ideal. "O feijão está mole, a vagem não está estalando porque pegou muita água, é queda de produtividade na certa", comenta o produtor Jerônimo Queiroz. 
Além de úmido, o feijão está com manchas amareladas. Resultado da geada que também queimou a lavoura. Jerônimo Queiroz plantou 80 hectares do tipo carioca no distrito do Guaragi, em Ponta Grossa. Ele esperava colher 40 sacas por hectares. Mas a sua produtividade caiu pelo menos 25%.
Dentro deste cenário, o que não desmotiva o produtor é o preço do grão. A saca de 60 quilos está sendo vendida a partir de R$ 250. Neste mesmo período de 2015, era negociada por, no máximo, R$ 120. Um preço histórico que cobre os custos de produção. "Outros estados tiveram queda, compradores estão vindo pra cá. Quando falta produto o valor se eleva. É lei da demanda, é mercado", comenta o técnico do Deral Luiz Alberto Vantroba. 
Nas cooperativas filas de caminhão descarregam o produto. Não há estoque, tudo o que chega sai. "A liquidez está imediata. O produtor não quer perder tempo, inclusive feijões antigos estão sendo negociados", fala Sebastião Sansana, do departamento comercial de cooperativa.

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