Grão atinge preço histórico com a saca sendo comercializada por R$ 250.
No entanto, por causa da chuva, a qualidade e a produtividade caíram.
Nos
Campos Gerais do Paraná, os produtores colhem a segunda safra de
feijão, também conhecida como safrinha. Em 2016, houve redução de 2% de
área e agora, durante a colheita, o excesso de chuva compromete a
qualidade do grão.
O
feijão que era pra sair do campo seco e maduro, está sendo colhido com
pelo menos 25% de umidade, o que é acima do ideal. "O feijão está mole, a
vagem não está estalando porque pegou muita água, é queda de
produtividade na certa", comenta o produtor Jerônimo Queiroz.
Além de úmido, o feijão está com manchas amareladas. Resultado da geada
que também queimou a lavoura. Jerônimo Queiroz plantou 80 hectares do
tipo carioca no distrito do Guaragi, em Ponta Grossa. Ele esperava
colher 40 sacas por hectares. Mas a sua produtividade caiu pelo menos
25%.
Dentro deste cenário, o que não desmotiva o produtor é o preço do grão.
A saca de 60 quilos está sendo vendida a partir de R$ 250. Neste mesmo
período de 2015, era negociada por, no máximo, R$ 120. Um preço
histórico que cobre os custos de produção. "Outros estados tiveram
queda, compradores estão vindo pra cá. Quando falta produto o valor se
eleva. É lei da demanda, é mercado", comenta o técnico do Deral Luiz
Alberto Vantroba.
Nas cooperativas filas de caminhão descarregam o produto. Não há
estoque, tudo o que chega sai. "A liquidez está imediata. O produtor não
quer perder tempo, inclusive feijões antigos estão sendo negociados",
fala Sebastião Sansana, do departamento comercial de cooperativa.
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