Luís Barroso tomou decisão em ação apresentada ao Supremo pelo PDT.
Partido afirma que governo Temer é provisório e não pode fazer mudanças.
 O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, 
determinou nesta quarta-feira (26) que o presidente em exercício, Michel
 Temer, preste esclarecimentos por escrito em cinco dias sobre a reforma
 administrativa que realizou no governo.
 A reforma, realizada após o afastamento da presidente Dilma Rousseff em
 razão do processo de impeachment que tramita no Senado, incluiu 
nomeação de ministros, fusão e extinção de ministérios e alteração da 
política externa.
 A decisão de Barroso foi tomada devido a uma ação apresentada no último dia 23 pelo PDT, que questionou a mudança de projetos e anulação de atos da presidente afastada. O ministro já negou pedido semelhante formulado por um diretório do PT.
 O PDT pediu uma liminar (decisão provisória) para suspender as mudanças
 sob o argumento de que o afastamento de Dilma é temporário (por até 180
 dias) e que Temer não poderia mudar o programa de governo da presidente
 afastada.
 "O vice-presidente da República, que não se encontra investido na 
titularidade do cargo – pois o exerce temporariamente em razão da 
admissão do procedimento de impeachment –, atua como se titular fosse e 
irroga a si atribuições que sequer poderiam a ele ser delegadas (CF, 
art. 84, parágrafo único), e o faz com usurpação", diz o texto da ação 
do PDT.
 O ministro Barroso afirmou, na decisão, que existe uma presunção da 
validade dos atos estatais e por isso Temer deve ser ouvido sobre o 
pedido do PDT antes de qualquer decisão. Não há prazo para que a ação 
seja julgada.
 
 
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