Dezenas de parlamentares da base governista participaram da cerimônia 
de posse. Lula e Dilma foram recebidos aos gritos de "não vai ter 
golpe", em relação ao impeachment contra a presidente, processo que será
 retomado hoje na Câmara dos Deputados. Representantes da oposição, por 
outro lado, gritaram "vergonha".
 A nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil provocou um 
terremoto político em Brasília devido aos problemas que o ex-presidente 
enfrenta na Justiça.
 A confusão se agravou depois da divulgação de gravações telefônicas, 
feitas por meio de um grampo da Polícia Federal autorizado pela Justiça,
 que sugerem que a Dilma tentou influenciar para evitar a prisão.
 A segurança no Palácio do Planalto foi reforçada com dezenas de 
policiais e o trânsito de veículos foi restringido em torno da Praça dos
 Três Poderes. Manifestantes tanto a favor como contra ao governo se 
concentram em frente ao local. Alguns incidentes sem gravidade foram 
registrados.
 Grupos favoráveis ao governo eram mais numerosos. Segundo cálculos da 
Polícia Militar, eles somavam cerca de 300 pessoas, enquanto os 
opositores não chegavam a cem, pelo menos no início das concentrações.
 As gravações que agravaram a crise foram divulgadas na quarta-feira 
pelo juiz Sergio Moro, responsável pela investigação de corrupção na 
Petrobras, que afeta dezenas de políticos. Agora como ministro, Lula 
passa a ter foro privilegiado. As denúncias contra ele agora serão 
julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
 A divulgação dos áudios e a suspeita de que Dilma nomeou Lula como 
ministro para atrapalhar o processo levou milhares de pessoas às ruas do
 país para protestar em todo o país e exigir a renúncia da presidente, 
como tinha ocorrido no domingo, quando 3,5 milhões de pessoas 
manifestaram em várias cidades do país.
 Após as gravações, a Câmara dos Deputados decidiu retomar hoje o o 
processo de impeachment contra Dilma, cujo apoio no Congresso está 
diminuindo ao longo da severa crise política que abala o país.
 Assim que os áudios foram divulgados, o PR decidiu abandonar a base governista e se posicionou a favor do impeachment de Dilma. 
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