No entanto, hábitos como beber bastante líquido e comer alimentos como granola, frutas secas e cenoura ajudam a estampa esse mal
Toda mulher sabe que quando a menopausa chega é preciso estar preparada
para enfrentar mudanças no corpo e no comportamento. Além de calorões e
oscilações de humor, se ela vacilar pode adquirir também mau hálito.
Mas o que mudanças hormonais têm a ver com a saúde da boca? É isso que
nós vamos explicar agora.
Na verdade, a menopausa em si não provoca a halitose. Contudo, mudanças
hormonais e fisiológicas associadas à menopausa podem causar várias
alterações bucais que predispõem ao mau hálito. “Como redução do fluxo
salivar e xerostomia (sensação de boca seca), aumento da incidência de
cárie, disgeusia (sensação de paladar alterado), maior prevalência de
sensação de ardência bucal, agravamento da doença periodontal (devido à
osteoporose e osteopenia), entre outras”, diz Maria Cecília Aguiar,
Presidente da ABHA (Associação Brasileira de Halitose).
Papel importânte da saliva
Dos problemas citados acima, as alterações salivares merecem destaque pelo fato de a saliva ter um papel fundamental na manutenção de um bom hálito. Em condições ideais, o fluxo salivar é contínuo e ajuda a eliminar restos de alimentos acumulados, placa bacteriana dos dentes e saburra lingual. Também nessas circunstâncias, os microrganismos da boca que normalmente se multiplicam, são eliminados constantemente pela deglutição e pelas propriedades antissépticas da saliva.
Dos problemas citados acima, as alterações salivares merecem destaque pelo fato de a saliva ter um papel fundamental na manutenção de um bom hálito. Em condições ideais, o fluxo salivar é contínuo e ajuda a eliminar restos de alimentos acumulados, placa bacteriana dos dentes e saburra lingual. Também nessas circunstâncias, os microrganismos da boca que normalmente se multiplicam, são eliminados constantemente pela deglutição e pelas propriedades antissépticas da saliva.
“Porém, em casos de consumo de certos medicamentos ou devido à
desidratação causada pelos calores da menopausa, a produção de saliva
diminui, favorecendo o acúmulo de resíduos e a proliferação de
microrganismos no ambiente oral, o que, por sua vez, favorecem o mau
hálito”, diz Maria Cecília.
Mulheres mais suscetíveis
No entanto, isso não acontece com todas as mulheres. Primeiramente, nem todas as mulheres sentem calores intensos durante a menopausa. Dessas, nem todas desidratam, pois algumas têm excelente consumo de líquidos, o que compensa o problema.
No entanto, isso não acontece com todas as mulheres. Primeiramente, nem todas as mulheres sentem calores intensos durante a menopausa. Dessas, nem todas desidratam, pois algumas têm excelente consumo de líquidos, o que compensa o problema.
“Das que desidratam, mesmo estando mais propensas devido às alterações
bucais (da saliva, das gengivas etc.), algumas têm um ritual de higiene
bucal tão minucioso que controla a halitose ou simplesmente têm a sorte
de terem bactérias menos agressivas na boca. Ou seja, nem toda mulher na
menopausa terá halitose, embora estejam mais susceptíveis”, diz a
especialista.
Tratamento e hábitos
Apesar dos fatores hormonais e inevitáveis dessa fase, a halitose não precisa ser mais um problema para a mulher. “O mau hálito tem controle e tratamento nessa e em qualquer outra fase da vida. Para tanto, o mais importante é o diagnóstico preciso dos fatores que predispõem ao problema para que possam ser combatidos em sua origem”, diz Maria Cecília.
Apesar dos fatores hormonais e inevitáveis dessa fase, a halitose não precisa ser mais um problema para a mulher. “O mau hálito tem controle e tratamento nessa e em qualquer outra fase da vida. Para tanto, o mais importante é o diagnóstico preciso dos fatores que predispõem ao problema para que possam ser combatidos em sua origem”, diz Maria Cecília.
Alguns hábitos também podem ser revistos para ajudar a espantar esse
mal. “Ficar muitas horas em jejum, tomar medicamentos por conta própria,
visitar o dentista apenas em último caso e usar enxaguantes bucais com
álcool são alguns costumes que devem ser evitados”, diz a especialista.
Aliás, esse negócio de ficar muito tempo sem ingerir alimentos é coisa séria e pode causar hipoglicemia e salivação deficiente. A glicose sanguínea baixa induz ao organismo utilizar as reservas de gordura como fonte alternativa de energia gerando como subprodutos os corpos cetônicos, substâncias de odor desagradável semelhante ao de manteiga rançosa. A salivação deficiente, por sua vez, prejudica a autolimpeza bucal permitindo acúmulo de resíduos e de bactérias que liberam gases mau-cheirosos ricos em enxofre, responsáveis pela halitose.
Aliás, esse negócio de ficar muito tempo sem ingerir alimentos é coisa séria e pode causar hipoglicemia e salivação deficiente. A glicose sanguínea baixa induz ao organismo utilizar as reservas de gordura como fonte alternativa de energia gerando como subprodutos os corpos cetônicos, substâncias de odor desagradável semelhante ao de manteiga rançosa. A salivação deficiente, por sua vez, prejudica a autolimpeza bucal permitindo acúmulo de resíduos e de bactérias que liberam gases mau-cheirosos ricos em enxofre, responsáveis pela halitose.
“Já consumir diariamente a quantidade de líquidos adequada (essa
quantidade é individualizada conforme peso corpóreo, estilo de vida,
hábitos etc. Um cálculo simples é multiplicar 35ml de líquidos para cada
kg de peso por dia), consumir alimentos ricos em fibras que favorecem a
mastigação e a produção de saliva como granola, frutas frescas e secas,
cenoura, beterraba cruas, folhagens e castanhas, higienizar a boca após
as refeições, visitar o cirurgião-dentista regularmente e estar com a
saúde em dia, o que inclui realizar check-ups médicos, atividades
físicas, drenar o estresse e ter tempo para o lazer são hábitos que
espantam o mau hálito e dão qualidade de vida para qualquer pessoa”, diz
a especialista
.
Agência Beta
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