terça-feira, 12 de abril de 2016

Casos da H1N1 adiantam procura por vacina e formam grandes filas em laboratórios de Curitiba

Por Felipe Ribeiro e Antônio Nascimento / banda b
Os casos já confirmados de H1N1 em vários estados do país, incluindo o Paraná, adiantaram a procura pela vacina de combate à doença. Em Curitiba, nesta terça-feira (12), eram grandes as filas em laboratórios privados, um esforço que muitos apontam como necessário antes mesmo do inverno chegar. Até o momento, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba confirmou três casos de Influenza A-H1N1, apesar de haver a suspeita de mais nesta última semana. A morte de uma gestante foi confirmada em São José dos Pinhais.
Foto: Antônio Nascimento - Banda B
Foto: Antônio Nascimento – Banda B
Ricardo Fernandes é um destes pacientes, que esteve com a mãe e o pai no Frischmann Aisengart do bairro Batel. Em entrevista à Banda B ele explicou que costuma sempre tomar a vacina em meados de junho, mas optou por adiantar em 2015 devido ao surto em outras regiões do país. “Meus pais tem atendimento preferencial e já estão sendo atendidos, mas para mim agora a espera é de aproximadamente 50 pessoas na fila. Procurei em outros locais e já há até esgotamento em alguns locais”, disse.
Segundo a diretora médica do Frischmann Aisengart, Myrna Campagnoli, a antecipação é importante para a população, mas não há ainda um motivo de urgência para tanta procura. “Nós temos que nos procurar, mas não podemos entrar em pânico com tudo isso. Os números de morte no nosso estado estão dentro do esperado para o nosso estado”, disse em entrevista ao radialista Geovane Barreiro.
A vacina de 2016 tem uma composição diferente da do ano passado e segue as recomendações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Existem inúmeros tipos de vírus Influenza A e B e, a cada ano, a Anvisa recomenda as cepas que devem ser acrescentadas na vacina. A vacina trivalente contém três cepas e a quadrivalente é composta por quatro cepas: A/H1N1, A/H3N2, B/Brisbane e B/Phuket. Na vacina que deve ser disponibilizada à rede pública, a diferença está com a ausência de proteção para uma das cepas do vírus B.
Segundo Myrna, a principal complicação da H1N1 em relação às demais gripes é o quadro de pneumunite, que é uma síndrome respiratória. “Isso é um quadro de inflamação nos pulmões que atrapalha a respiração e faz a pessoa entrar em estado de pouca oxigenação do organismo, que é muito perigoso. Muitas vezes é necessário oxigênio e aparelhos para fazer a respiração, mas a maioria das pessoas não chega a ter sintomas tão graves”, explicou.
No laboratório Frischmann Aisengart, a vacina custa R$ 90 e pode ser adquirida nas unidades Batel, Alto da XV e Xaxim. Para mais informações, qualquer pessoa pode ligar para o telefone 4004-0103.
Cuidados
O registro de casos de H1N1 reforça a orientação da SMS para toda a população de cuidados de higiene que devem ser tomados diariamente, todos os dias do ano. Entre os cuidados estão lavagem frequente das mãos, principalmente antes de tocar olhos, nariz e boca; manter locais arejados; cobrir a boca ao tossir ou espirrar; e evitar aglomerações. Em caso de gripe ou resfriado, o paciente deve fazer repouso, manter o corpo hidratado e, se necessário, buscar atendimento médico.

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