Os casos já confirmados de H1N1 em vários estados do país, incluindo o
Paraná, adiantaram a procura pela vacina de combate à doença. Em
Curitiba, nesta terça-feira (12), eram grandes as filas em laboratórios
privados, um esforço que muitos apontam como necessário antes mesmo do
inverno chegar. Até o momento, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de
Curitiba confirmou três casos de Influenza A-H1N1, apesar de haver a
suspeita de mais nesta última semana. A morte de uma gestante foi
confirmada em São José dos Pinhais.
Ricardo Fernandes é um destes pacientes, que esteve com a mãe e o pai
no Frischmann Aisengart do bairro Batel. Em entrevista à Banda B ele
explicou que costuma sempre tomar a vacina em meados de junho, mas optou
por adiantar em 2015 devido ao surto em outras regiões do país. “Meus
pais tem atendimento preferencial e já estão sendo atendidos, mas para
mim agora a espera é de aproximadamente 50 pessoas na fila. Procurei em
outros locais e já há até esgotamento em alguns locais”, disse.
Segundo a diretora médica do Frischmann Aisengart, Myrna Campagnoli, a
antecipação é importante para a população, mas não há ainda um motivo
de urgência para tanta procura. “Nós temos que nos procurar, mas não
podemos entrar em pânico com tudo isso. Os números de morte no nosso
estado estão dentro do esperado para o nosso estado”, disse em
entrevista ao radialista Geovane Barreiro.
A vacina de 2016 tem uma composição diferente da do ano passado e
segue as recomendações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária). Existem inúmeros tipos de vírus Influenza A e B e, a cada
ano, a Anvisa recomenda as cepas que devem ser acrescentadas na vacina. A
vacina trivalente contém três cepas e a quadrivalente é composta por
quatro cepas: A/H1N1, A/H3N2, B/Brisbane e B/Phuket. Na vacina que deve
ser disponibilizada à rede pública, a diferença está com a ausência de
proteção para uma das cepas do vírus B.
Segundo Myrna, a principal complicação da H1N1 em relação às demais
gripes é o quadro de pneumunite, que é uma síndrome respiratória. “Isso é
um quadro de inflamação nos pulmões que atrapalha a respiração e faz a
pessoa entrar em estado de pouca oxigenação do organismo, que é muito
perigoso. Muitas vezes é necessário oxigênio e aparelhos para fazer a
respiração, mas a maioria das pessoas não chega a ter sintomas tão
graves”, explicou.
No laboratório Frischmann Aisengart, a vacina custa R$ 90 e pode ser
adquirida nas unidades Batel, Alto da XV e Xaxim. Para mais informações,
qualquer pessoa pode ligar para o telefone 4004-0103.
Cuidados
O registro de casos de H1N1 reforça a orientação da SMS para toda a
população de cuidados de higiene que devem ser tomados diariamente,
todos os dias do ano. Entre os cuidados estão lavagem frequente das
mãos, principalmente antes de tocar olhos, nariz e boca; manter locais
arejados; cobrir a boca ao tossir ou espirrar; e evitar aglomerações. Em
caso de gripe ou resfriado, o paciente deve fazer repouso, manter o
corpo hidratado e, se necessário, buscar atendimento médico.
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