terça-feira, 12 de abril de 2016

Morte de garota de 9 anos com sintomas de H1N1 em Curitiba gera medo nas redes sociais

Por Elizangela Jubanski e Djalma Malaquias / banda b
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Capela onde familiares prestam últimas homenagens à garota. Foto: DM/Banda B

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Heloisa tinha 9 anos e estudava em um colégio na região. Foto: Reprodução/Banda B
A morte da menina Heloisa da Cruz da Silva, de 9 anos, que morava na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), tem causado comoção nas redes sociais. Com sintomas de H1N1, a menina foi atendida emergencialmente por duas vezes na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da CIC, na semana passada, e morreu em Aparecida (SP), na tarde desta segunda-feira (11). Postagens de familiares, amplamente compartilhadas, dizem que a garota faleceu após contrair o vírus da gripe.
Na manhã de hoje, durante o velório de Heloisa, amigos e familiares prestavam as últimas homenagens em meio à revolta. Lucas Felipe da Silva era tio de Heloisa e disse à Banda B que nenhum pedido de exame de sangue foi prescrito pelos médicos da UPA.
“Os sintomas começaram na quarta, falaram que era garganta, a médica deu dipirona e amoxicilina. Na quinta, ela passou mal, levaram ela de novo de madrugada, outro médico disse que era uma gripe viral, não fizeram um exame na menina, nada. Deram injeção, os sintomas deram uma melhorada e ela foi embora”, descreveu.
Segundo a família, as queixas da menina eram – febre alta, dor no corpo, na cabeça e nariz escorrendo. Quarta e quinta passou o dia em casa. Já na sexta-feira, a garota frequentou aula normalmente e à noite se preparou para embarcar com os pais para Aparecida, em São Paulo. “Eles tinham uma viagem marcada para Aparecida do Norte. Lá, ela passou mal, piorou, convulsionou, fizeram exames, isolaram a menina e, depois disso, ela foi só piorando. Quando foram fazer a transferência para um hospital que tivesse UTI, ela faleceu”, contou o tio à Banda B.
Aluna do Colégio Municipal Dom Bosco, na região, pais e professores estão em alerta com a possível suspeita de morte por H1N1. A motorista da van que levava Heloisa para a escola todos os dias disse que nunca tinha a visto doente ou cabisbaixa. “Eu nunca vi essa menina doente. Quarta e quinta não foi pra aula, estava de atestado, na sexta ela foi, senti um pouco melhor, foi na van, ficou na sala com todas as crianças, mas ela se queixava de muita de dor no corpo”, disse Márcia Cavalero.
Uma postagem de um amigo da família onde ele descreve os últimos dias da garota, com a foto dela, já tem cerca de 450 compartilhamentos. Nos comentários, pessoas próximas, afirmam que a menina faleceu de H1N1. Com isso, a comoção é ainda maior.
A mãe de Heloisa não participou do velório, já que está internada devido ao nascimento do segundo filho. O enterro da garota está marcado às 17 horas no Cemitério Municipal Água Verde.
Retorno
A Banda B entrou em contato com a Prefeitura de Curitiba que enviou a seguinte nota sobre o caso:
A Secretaria Municipal da Saúde está investigando as causas da morte da estudante Heloísa da Cruz da Silva, 9 anos, moradora de Curitiba, mas que acabou falecendo no último domingo, em São Paulo. Ela foi atendida nos dias 6 e 8 de abril em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas de Curitiba para tratamento de resfriado, mas sem outros sinais que indicassem maior gravidade, como falta de ar ou febre alta. Foram receitados medicamentos para alívio dos sintomas e anti-inflamatório. A Secretaria Municipal da Saúde solicitou aos órgãos oficiais de São Paulo mais informações sobre o quadro da paciente no momento do atendimento naquele estado e sobre a evolução do caso e aguarda as respostas.
Nas escolas municipais e nos Centros Municipais de Educação Infantil, as crianças e as famílias estão sendo orientadas a reforçar os cuidados contra a gripe, não apenas nos meses mais frios do ano, mas como uma rotina constante. Nos ambientes escolares, sejam eles da rede pública ou particular, a orientação é manter os ambientes ventilados e intensificar os cuidados de higienização das crianças. A Secretaria Municipal da Saúde não confirma, até o momento, nenhum surto de gripe em escolas da cidade.

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