O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra a senadora e ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicações no governo Lula), no âmbito da Operação Lava Jato.
(Fotos: Divulgação EBC/Montagem Banda B)
A denúncia da PGR ocorre 37 depois de o casal ter sido indiciado pela
 Polícia Federal por corrupção passiva. O inquérito policial concluiu 
que os dois receberam R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre
 empreiteiras e a Petrobras. O valor foi utilizado para custear as 
despesas da eleição dela ao Senado em 2010. O empresário Ernesto Kugler 
Rodrigues, de Curitiba, também indiciado no inquérito, é igualmente 
denunciado pela PGR.
Segundo a PF, o ex-ministro Paulo Bernardo teria solicitado a quantia
 ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A 
operação foi feita pelo doleiro Alberto Youssef Para a PF, PauloBernardo
 tinha conhecimento de que os valores eram ilícitos, caso contrário não 
os teria solicitado aPaulo Roberto Costa.
Defesa
Responsáveis pelas defesas da senadora Gleisi e do ex-ministro Paulo 
Bernardo, os advogados Rodrigo Mudrovitsch e Verônica Sterman rebateram,
 em nota divulgada hoje, a denúncia oferecida contra os dois.
Em relação à senadora, a dupla diz ter recebido com “inconformismo” a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal.
“Todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve 
solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor por parte da 
Senadora. A denúncia sequer aponta qualquer ato concreto cometido. 
Baseia-se apenas em especulações que não são compatíveis com o que se 
espera de uma acusação penal”, diz a nota.
No caso de Paulo Bernardo, os advogados afirmam que a acusação 
criminal se baseia em “declarações contraditórias e inverossímeis”.
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