Em maio, 72.615 vagas de empregos formais foram fechadas em
todo o país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho. O
resultado mantém a tendência de mais demissões que contratações no
mercado de trabalho. No acumulado de janeiro a maio,, 448.011 postos de
trabalho já foram fechados este ano.
O resultado para o mês, no entanto, foi melhor que o do ano passado,
quando 115.559 vagas foram fechadas em maio. Nos últimos doze meses, o
país perdeu 1.781.906 empregos com carteira de trabalho assinada, o que
corresponde a uma retração de 4,34% do contingente trabalhadores
formais. Com o resultado, o Brasil tem atualmente 39.244.949
trabalhadores com carteira de trabalho assinada.
Setores
O setor de serviços registrou a maior queda de vagas formais em maio
de 2016, com fechamento de 36.960 postos de trabalho. O comércio
diminuiu o ritmo de perdas, com a redução de 28.885 vagas em maio ante
30.507 postos fechados em abril. A indústria de transformação fechou
21.162 vagas contra 60.989 em abril.
Seguindo a tendência verificada em abril, a agricultura foi o setor
que mais criou empregos no país em maio, com 43.117 novos postos de
trabalho. No mês anterior, foram 8.051 novas vagas. O crescimento,
segundo o Ministério do Trabalho, se deve à sazonalidade ligada ao
cultivo do café, principalmente nos estados de Minas Gerais, responsável
por 20.308 postos, e São Paulo, com saldo positivo de 4.273 vagas. De
acordo com o relatório, a administração pública também apresentou saldo
positivo, com geração de 1.391 postos em maio.
O emprego formal apresentou resultado positivo em Minas Gerais
(9.304), no Espírito Santo (1.226), em Mato Grosso do Sul (562), Goiás
(153) e no Acre (147). Nos demais estados houve perda de postos de
trabalho. No Rio Grande do Sul foi registrada a maior queda (-15.829),
influenciado pelo fator sazonal da agricultura (-3.723 postos a menos no
setor).
Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões
em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas
pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.
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