O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, descartou hoje (21) a
 possibilidade de o governo socorrer financeiramente a companhia de 
telefonia Oi, que ontem (20) apresentou pedido de recuperação judicial, 
informando dívidas de R$ 65,4 bilhões.
Ministro Eliseu Padilha (Foto: Agência Brasil)
Padilha disse que o governo está atento ao caso e com a preservação 
dos empregos da companhia, mas ressaltou que a solução deve ser 
encontrada pelo próprio sistema financeiro.
“Até o momento, não há por parte do governo uma manifestação no 
sentido de intervir, interferir diretamente. Os nossos agentes do 
sistema financeiro nacional [bancos públicos] estarão prontos a prestar a
 colaboração no sentido de intermediar, preparar um projeto de busca de 
parcerias, se for o caso, para essa empresa. Mas participação direta do 
governo, dinheiro do governo, por óbvio que nesse momento, não há que se
 pensar nisso”, disse o ministro.
Como credores da Oi, Padilha lembrou que o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil podem 
participar das negociações para encontrar interessados em comprar a 
empresa telefônica, caso seja de interesse da Oi uma eventual 
negociação.
“Quando tem empresas que eles são credores, eles acabam vendo se 
conseguem buscar interessados. Quem está interessado em ver a situação 
resolvida são os credores. Se for demandado pela Oi [BNDES e BB podem 
buscar compradores], tentar formatar um projeto para poder pegar e 
receber o crédito e viabilizar a operação”.
Ontem (20), no fato relevante comunicado aos acionistas e ao mercado,
 a empresa informou que ajuizou, em conjunto com suas subsidiárias 
integrais, diretas e indiretas, pedido de recuperação judicial, em 
caráter de urgência, conforme aprovado pelo Conselho de Administração da
 companhia e nos órgãos societários competentes das demais Empresas Oi.
No documento, a Oi esclareceu que o pedido de recuperação foi 
ajuizado em razão dos obstáculos enfrentados pela administração da 
companhia para encontrar uma alternativa viável junto aos credores que 
possibilitasse à empresa atingir os objetivos mencionados acima e para 
viabilizar a proteção adequada das empresas Oi contra credores, 
preservando a continuidade das atividades empresariais das empresas Oi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário