Redação Bonde com AEN 
 
A
 apreensão de cocaína e ecstasy quadruplicou no Paraná no primeiro 
trimestre de 2016. Os dois entorpecentes foram os que tiveram maior 
aumento nas apreensões efetuadas pelas polícias Civil e Militar do 
estado em relação em janeiro, fevereiro e março de 2015. Os dados fazem 
parte do relatório da Coordenadoria de Análise e Planejamento 
Estratégico (Cape), da Secretaria da Segurança Pública e Administração 
Penitenciária, divulgado nesta quarta-feira (31).
Saíram de circulação 516,26 quilos de cocaína – correspondente a
 cerca de seis quilos por dia –, contra 115,15 quilos no ano passado. Em
 relação ao ecstasy, 19.391 comprimidos foram recolhidos por policiais, 
enquanto as apreensões de 2015 somaram 4.411 comprimidos. O crescimento é
 de 4,4 vezes em ambos os casos.
"Esse aumento nas apreensões, notadamente de cocaína e ecstasy, 
decorre de uma série de fatores, entre eles o trabalho cada vez mais 
especializado da Denarc (Divisão de Narcóticos) e ainda o aumento na 
troca de informações e na integração nas equipes de investigação entre 
os estados do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná", 
avaliou o secretário da Segurança, Wagner Mesquita. 
Duas atuações específicas da polícia contribuíram para esse 
aumento expressivo. No caso na cocaína, foi a mega-apreensão realizada 
em janeiro por agentes da Divisão Estadual de Narcóticos do Paraná 
(Denarc). Um carregamento de mais de 442 kg de cocaína acabou apreendido
 em um ônibus que seguia pela BR-277 e foi abordado no posto da Polícia 
Rodoviária Federal (PRF) em Céu Azul, no oeste do Paraná. A carga, 
embalada em pacotes com a imagem dos Minions, estava escondida em fundos
 falsos do veículo de turismo que seguiria para São Paulo.
Em relação ao ecstasy, policiais militares do 22º batalhão 
perseguiram dois homens que estavam em atitude suspeita em uma moto em 
Pinhais e encontraram com eles 7,3 mil comprimidos da droga, avaliados 
em R$ 375 mil, em fevereiro deste ano. 
Em Curitiba, 6.519 comprimidos também saíram das ruas graças à ação policial.
"A Divisão de Narcóticos (Denarc) tem se desdobrado dia e noite 
com a intenção de diminuir o tráfico de drogas em todas as cidades do 
Paraná. Isso tem surtido efeito em nossas apreensões. É um trabalho 
árduo, duro, de segunda a segunda, 30 dias por mês e o resultado disso 
se reflete nas ruas, nos nossos números. Vamos continuar nessa batalha, 
que sabemos não ter fim, mas damos o máximo e fazemos a nossa parte", 
explicou o delegado chefe da Denarc, Riad Farhat.
Divulgação/SESP-PR
 
 
Outras drogasAs apreensões de maconha mantiveram-se estáveis nos primeiros 
meses do ano. As polícias recolheram 12.766 quilos entre janeiro e março
 – em 2015 foram 13.023 quilos nos mesmos meses.
A região de fronteira manteve a liderança nas apreensões no 
trimestre. Em Foz do Iguaçu foram recolhidas 3,47 toneladas da droga; 
outra tonelada em Medianeira e mais 553 quilos em Santa Terezinha do 
Itaipu, sendo estes os municípios da região com maior registro de 
apreensões.
O trabalho policial também se destacou no combate ao tráfico em 
grandes centros, com apreensões destacadas em Curitiba (402 kg), 
Cascavel (614,5 kg), Guarapuava (503 kg), Londrina (320 kg), Toledo (275
 kg) e Umuarama (210 kg). 
Já em relação ao crack, as apreensões em todo o estado caíram de
 566,67 quilos em jan/fev/mar de 2015 para 171,57 quilos nos primeiros 
três meses deste ano. Entre as maiores cidades paranaenses, Maringá, 
situada em uma das rotas para São Paulo, contabilizou a apreensão de 
13,7 quilos, atrás apenas de Curitiba com 14,2 quilos a menos nas ruas.
A capital também ficou em primeiro lugar em relação ao LSD 
apreendido no Paraná, com 556 pontos encontrados pela polícia. O segundo
 lugar foi de Carlópolis com 304 pontos da droga apreendidos, 
totalizando em todo estado 1.777. Este número corresponde a um aumento 
em relação a 2015, quando foram apreendidos 1.249 pontos. 
"Como estratégia de segurança pública, trabalhar contra o 
tráfico de entorpecentes é combater também homicídio, crimes 
patrimoniais de furto e roubo, porque grande parcela desses crimes 
violentos tem uma raiz direta ou indireta com o tráfico de 
entorpecentes. Portanto, é realmente uma prioridade nossa continuar, 
incentivar tanto a troca de informações com os outros estados que tem 
destino ou origem de drogas e armas, quanto dar mais recursos às equipes
 que trabalham no combate ao tráfico", avaliou Mesquita.
A íntegra do relatório de drogas da Secretaria da Segurança Pública pode ser conferida 
neste link.
Apreensões no primeiro trimestre:DrogaMaconha: 12.766 kg (2016) / 13.023 kg (2015).
Cocaína: 516,26 kg (2016) / 115,15 kg (2015).
Crack: 171,57 kg (2016) / 566,67 kg (2015).
Ecstasy: 19.391 comprimidos (2016) / 4.411 comprimidos (2015).
LSD: 1.777 pontos / 1.249 pontos (2015).