Ambos tinham 91 anos e morreram em Blumenau com horas de diferença. "Acho que ele não encontrou o caminho e decidiu buscá-la", diz filho.
Depois de 70 anos de casamento, um casal de idosos de Blumenau, no Vale do Itajaí, morreu na última terça-feira (23), com poucas horas de diferença. Eles tinham 91 anos.
Vitor e Verônica Siewerdt tiveram quatro filhos, nove netos, 11 bisnetos e um trineto. “Acho que ele [Vítor] não encontrou o caminho e decidiu buscá-la ou, talvez, ela não quis que ele fosse sozinho”, disse Nilton Siewerdt, filho do casal.
Vitor e Verônica Siewerdt tiveram quatro filhos, nove netos, 11 bisnetos e um trineto. “Acho que ele [Vítor] não encontrou o caminho e decidiu buscá-la ou, talvez, ela não quis que ele fosse sozinho”, disse Nilton Siewerdt, filho do casal.
Nos últimos anos, os idosos viveram em
uma casa de repouso, onde ele recebia cuidados para um estágio avançado
de Alzheimer e ela passava a maior parte do tempo na cama, em função de
uma doença rara que a impedia de caminhar.
Amor sem igual
“Ela o amava demais, nunca vi um amor igual”, contou o filho. “Eles tinham um convívio muito bom, apesar de ele, em alguns momentos, não estar totalmente lúcido. Eles se davam muito bem”, contou a voluntária Kaká Rodrigues.
“Ela o amava demais, nunca vi um amor igual”, contou o filho. “Eles tinham um convívio muito bom, apesar de ele, em alguns momentos, não estar totalmente lúcido. Eles se davam muito bem”, contou a voluntária Kaká Rodrigues.
Segundo o filho, Verônica soube só na
manhã de terça-feira (23) que o marido havia morrido no início da
madrugada, mas em função da doença não pode ir ao velório. De acordo com
Nilton, ela rezou por Vitor e no final da tarde começou a ficar
agitada. “Ela falou que estava cansada, precisava dormir e que eu devia
fechar a porta e apagar a luz”, contou Kaká.
Causas da morte
De acordo com Nilton, Vitor morreu de falência múltipla de órgãos e a morte da idosa, segundo a psicóloga Caroline Bruning, foi um caso típico de "síndrome do coração partido".
De acordo com Nilton, Vitor morreu de falência múltipla de órgãos e a morte da idosa, segundo a psicóloga Caroline Bruning, foi um caso típico de "síndrome do coração partido".
“Você passa tanto tempo com aquela
pessoa, convivendo e trocando experiências, confiando e cuidando da
outra pessoa e de repente tudo muda. Todo mundo sofre com o estresse em
algum grau, a mudança gera estresse, a doença gera estresse, porque tudo
que tu conhece do mundo é com aquela pessoa”, disse Caroline.
“Eles foram uma lição de vida”, resumiu o
filho Nilton. A fisioterapeuta Liege Bornhofen, que também atendia o
casal presenciou várias vezes o carinho entre os dois. “Nos últimos
dias, que ele estava ainda caminhando, ia para o quarto, dava beijo
nela. A história nos inspira, até falei para o meu marido que quero
completar 70 anos com ele também”, comentou Liege.
Fonte: G 1
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