A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em
julho. De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (25), a
taxa do cheque especial subiu 2,7 pontos percentuais, de junho para
julho, quando chegou a 318,4% ao ano, novo recorde na série histórica do
BC, iniciada em julho de 1994.
Neste ano, a taxa do cheque especial já subiu 31,4 pontos percentuais
em relação a dezembro de 2015, quando estava em 287% ao ano.
Outra taxa de juros alta é a do rotativo do cartão de crédito. Em
julho, na comparação com o mês anterior, houve uma pequena redução na
taxa de 0,2 ponto percentual. Mas a taxa de 470,7% ao ano é a mais alta
entre as pesquisadas pelo BC. Neste ano, essa taxa já subiu 39,3 pontos
percentuais. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga
menos que o valor integral da fatura do cartão.
A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da
fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados subiu 2,3 pontos
percentuais e ficou em 151,8% ao ano.
A taxa do crédito pessoal subiu 3,9 pontos percentuais para 132,2% ao
ano. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de
pagamento) caiu 0,2 ponto percentual para 29,2% ao ano.
A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 0,5 ponto percentual, de junho para julho, quando ficou em 71,9% ao ano.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou estável em 6,2%.
A taxa de inadimplência das empresas subiu 0,1 ponto percentual e
ficou em 5,2%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas ficou
em 30,4% ao ano, alta de 0,1 ponto percentual em relação a junho.
Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para
aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo
governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de
infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas subiu 0,1 ponto
percentual para 10,6% ao ano. A taxa cobrada das empresas subiu 1 ponto
percentual para 12,7% ao ano. A inadimplência das famílias ficou em
1,8%, com alta de 0,1 ponto percentual em relação a junho. A taxa de
inadimplência das empresas ficou estável em 1,1%.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos caiu
0,4%, em julho e 3,2%, no ano. No mês passado, o saldo ficou em R$ 3,115
trilhões. Esse valor correspondeu a 51,4% de tudo o que o país produz –
Produto Interno Bruto (PIB), ante o percentual de 52,9% registrado em
junho deste ano
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