Advogados haviam reclamado de que eram impedidos de ter acesso à ação.
Procuradores, no entanto, relataram erro ao informar número do processo.
Para o MPF, ex-presidente é dono de imóvel no Guarujá (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)
O Ministério Público Federal (MPF) autorizou nesta terça-feira (23) acesso à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao inquérito que apura a suposta aquisição de um triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo, por ele.Os advogados do ex-presidente haviam reclamado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (19), de que eram impedidos de ter acesso à ação.
Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, porém,
reconheceram que erraram ao informar o número do inquérito que não
correspondia à denúncia em questão e concedeu acesso aos advogados do
ex-presidente.
O MPF também autorizou, no mesmo documento, o compartilhamento das
provas e informações relativas à Mossack Fonseca com a Diretoria de
Investigação e Combate ao Crime Organizado, ligada ao Ministério da Justiça.
O objetivo, diz a força-tarefa, é utilizar os dados como fonte de
informação e, assim, subsidiar eventuais investigações em andamento no
Brasil.
O triplex, registrado em nome da construtora OAS,
investigada na Lava Jato, teria sido usado para lavar dinheiro de
corrupção. Segundo o Ministério Público, Lula seria o dono do
apartamento.
A versão de Lula
Em nota, divulgada neste domingo, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirma que o petista nunca foi dono do apartamento, mas somente proprietário de cotas de um projeto da Bancoop, cooperativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Em nota, divulgada neste domingo, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirma que o petista nunca foi dono do apartamento, mas somente proprietário de cotas de um projeto da Bancoop, cooperativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
O mesmo argumento foi utilizado pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin
Martins. Segundo ele, o ex-presidente era dono de uma cota do
empreendimento e que teria a opção de não aderir ao negócio e pedir o
resgate do valor investido.
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