Da redação Bem Paraná com Agência Senado
O depoimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, no Plenário do
Senado, na segunda-feira (29), encerra a fase da instrução do processo
de impeachment pelo Senado. A partir daí, o julgamento entra na fase
final com os debates entre a acusação e a defesa, as manifestações dos
senadores e o voto.
Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a presença da presidente
afastada Dilma Rousseff na próxima segunda-feira, terá grande impacto na
opinião pública e consequentemente no resultado do processo. Segundo
Lindbergh, Dilma fará sua defesa e responderá as perguntas de todos os
senadores.
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) comentou a reunião que o presidente
do Supremo Tribunal Federal e do julgamento do impeachment da
presidente Dilma Rousseff, ministro Ricardo Lewandowski, manterá ainda
neste sábado (27) com os líderes partidários para discutir os últimos
passos do processo. Em entrevista a jornalistas, Caiado adiantou que um
dos pontos a serem definidos é se os senadores votarão duas vezes, como
querem aliados de Dilma, decidindo primeiro a cassação do mandato e
depois o impedimento para o exercício de cargos públicos. O senador se
diz contrário à proposta, que ele qualifica como inconstitucional.
No depoimento que está prestando neste sábado (27) no Senado, como
testemunha de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, o
ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, disse que Dilma não cometeu crime
de responsabilidade ao editar os decretos em avaliação no processo de
impeachment. “Ela seguiu estritamente o que está na lei”, afirmou
Barbosa.
Para Barbosa, não há base para crime de responsabilidade da
presidenta afastada "nem na questão do pagamento de passivos junto aos
bancos públicos, nem na edição de decretos”.
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