Vítor Marques - Agência Estado
Um gol sofrido nos acréscimos foi o pior desfecho de jogo possível para o Corinthians, que ficou ainda mais longe do G4 e foi ultrapassado por dois rivais, sendo um deles o próprio Fluminense, que ganhou o jogo por 1 a 0 graças a um gol marcado por Cícero aos 49 minutos do segundo tempo e assumiu a quinta posição do Campeonato Brasileiro, com 43 pontos.
O meia do Fluminense celebrou demais a vitória, muito por conta da derrota por 1 a 0 sofrida na Copa do Brasil, na última quarta-feira, também no Itaquerão, onde os corintianos eliminaram os cariocas em um jogo de arbitragem polêmica. Para o Corinthians, o resultado foi mais do que trágico. Já são quatro jogos sem vitórias pelo Brasileiro, sendo que esta foi a segunda derrota consecutiva. Além disso, o jogo registrou o pior público da história do Itaquerão: apenas 18.838 pagantes.
Já na tabela de classificação, a equipe estacionou nos 41 pontos caiu para o sétimo lugar, sendo ultrapassado também pelo Atlético-PR, que horas mais cedo bateu a Ponte Preta por 3 a 0, em Curitiba, e foi aos 42 pontos na sexta posição.
Se os quase 19 mil torcedores ainda contrastam com média de público da arena (33,7 mil por jogo), o número de pagantes deste domingo mostra uma tendência nada agradável para o clube: em pouco mais de um mês, a procura por ingressos diminuiu.
O confronto contra o Fluminense pela Copa do Brasil, na quarta-feira, tinha a segunda marca negativa de público de Itaquera (20.614 pagantes). Antes do jogo deste domingo, o pior público do estádio havia sido registrado em partida pelo Campeonato Brasileiro contra o Vitória, no dia 22 de agosto, quando o local contou com 20.207 pagantes.
Além da má fase do time (fora da disputado do título Brasileiro), o jogo deste domingo ainda contou com um agravante: uma punição imposta pelo STJD interditou um dos setores do estádio (o Norte) por causa de uma confusão entre torcedores no clássico com o Palmeiras.
Por esse motivo, o clube colocou faixas pretas e brancas e o escudo do time na arquibancadas para cobrir o espaço vazio. Torcedores "comuns" e organizadas que já haviam comprado ingressos foram deslocados para outros lugares. Outros setores, no entanto, tiveram espaço reduzido em razão do baixo público.
Para o jogo desta quarta-feira pela Copa do Brasil, o primeiro válido pelas quartas de final contra o Cruzeiro, o Corinthians conseguiu uma liberação apenas parcial do setor Norte, ainda por causa da punição do STJD. As organizadas Gaviões da Fiel e Estopim, as que envolveram na confusão no clássico, continuam impedidas de comprar ingresso.
As rendas oriundas de bilheteria são, até o momento, a principal fonte de receita para o clube quitar o estádio, que custou R$, 1,1 bilhão.
Os mesmos erros
Dentro de campo, o Corinthians repetiu os erros cometidos do mata-mata pela Copa do Brasil contra o mesmo Fluminense. O time comandado pelo interino Fábio Carille encontrou muita dificuldade para finalizar.
Carille repetiu a escalação de quarta-feira, na vitória por 1 a 0, mas viu Romero e todo seu meio de campo produzir pouco. O time toca a bola, tenta as triangulações e as jogadas pelos lados do campo, mas na prática não entra na área do rival.
Com menos posse de bola, o Fluminense foi sempre mais perigoso. Walter foi o melhor jogador do Corinthians, evitando gols no primeiro e no segundo tempo. Cássio, que é titular, sentiu um desconforto no aquecimento e foi cortado do jogo.
O gaúcho Anderson Daronco, que entrou em campo pressionado pela arbitragem desastrosa do jogo pela Copa do Brasil, conduziu bem a partida. Mesmo assim, houve reclamação por parte do Fluminense por um pênalti não marcado, aos 37 minutos do primeiro tempo.
O Corinthians melhorou no segundo tempo e passou a arriscar mais de fora de área, mas mesmo assim não conseguiu abrir o placar, e viu o rival marcar o gol salvador. Gustavo Scarpa levantou a bola na área até que Cícero fez o gol da vitória.
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