Redação Bem Paraná
Com 22 dias de greve forte da categoria bancária, a Fenaban voltou à
mesa de negociação, nesta terça-feira (27), em São Paulo, com uma
proposta de novo modelo de acordo, com validade de dois anos (2016 e
2017). O Comando Nacional dos Bancários reafirmou que a proposta deverá
contemplar emprego, saúde, vales, creche, piso, igualdade de
oportunidades e segurança. A Fenaban vai se reunir com os bancos nesta
quarta-feira (28), pela manhã e as negociações com o Comando Nacional
serão retomadas às 15h.
O Comando Nacional cobra que a proposta deve ter ganhos para
categoria. “Nossa orientação é que a greve continue forte em todo o
País. Somente com a nossa mobilização vamos conquistar um acordo que
atenda às demandas da categoria”, ressaltou Roberto von der Osten,
presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos
Bancários.
No 22º dia de greve, 13.449 agências e 36 centros administrativos
tiveram as atividades paralisadas. O número representa 57,5% agências de
todo o país, um recorde para a categoria.
A greve dos bancários completou três semanas e já fechou quase 14 mil agências no país, segundo o último balanço da Contraf-CUT.
A última proposta apresentada pelos bancos no dia 9 de setembro foi
de reajuste de 7% para os salários e benefícios, mais abono de R$ 3.300 a
ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo. A proposta foi
recusada pelos sindicatos.
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de
aumento real, valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo
calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários
mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições
de trabalho
Completando 22 dias de greve, nesta terça-feira (27), os bancários do
Paraná já totalizam 87% de adesão. São 21 mil trabalhadores paralisados
em 842 agências e 11 centros administrativos fechados. O levantamento
da greve é feito diariamente pela Federação dos Trabalhadores de
Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) que representa mais de dois
terços do total de bancários do estado.
O destaque desta semana tem sido Curitiba e Região Metropolitana, com
novas adesões diárias ao movimento grevista. Na capital e região, há
385 agências fechadas e cerca de 16 mil funcionários paralisados e
indignados com o descaso dos banqueiros.
Somente no Paraná, no primeiro semestre deste ano, houve corte de 645
empregos bancários, a maior parte de pessoas próximas à aposentadoria.
Os bancos lucraram quase R$ 30 bilhões nos primeiros meses de 2016. A
Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) é feita com base nos dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
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