O Paraná registrou um saldo positivo de emprego em
agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgados na sexta-feira (23) pelo Ministério do
Trabalho. A diferença entre admissões e demissões no mês ficou positiva
em 533 vagas, invertendo a sequência de seis meses de saldos negativos
no Estado.
O resultado de agosto representa também uma melhora em relação ao
mesmo período do ano passado, quando as demissões haviam superado as
admissões em 8.194 empregos. O desempenho do Paraná contrasta com o do
Brasil, que fechou agosto com a eliminação de 33.953 postos de trabalho.
“O resultado de agosto no Estado foi puxado, sobretudo, pelos setores
de serviços e comércio, o que indica uma melhora no consumo e uma
recuperação da atividade no mercado interno no Paraná”, diz Julio Suzuki
Júnior, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento
Econômico Social (Ipardes).
COMÉRCIO E SERVIÇOS – O setor de serviços liderou a geração de vagas
no Estado em agosto, com saldo de 1.102 empregos. O comércio ficou em
segundo lugar, com 385 novas vagas, seguido pelos serviços de utilidade
pública, com 24, e a extrativa mineral, com 20 vagas.
A agropecuária, com o fim do período da safra, foi a que mais
eliminou vagas em agosto, com saldo negativo de 588 vagas, seguida pela
indústria da transformação, com corte de 229 vagas. O setor de
administração pública registrou saldo negativo de 151 vagas e a
construção civil, de 30 empregos.
NO ANO – No acumulado do ano, o saldo de emprego ficou negativo em
21.807 vagas, mas a tendência é de melhora nos próximos meses. “Isso
deve ocorrer principalmente nas atividades de comércio e serviços, por
conta das contratações de fim de ano” diz Suelen Glinski Rodrigues dos
Santos, economista do Observatório do Trabalho, da Secretaria da
Justiça, Trabalho e Direitos Humanos.
SUBSETORES – Um outro dado que chama atenção, de acordo com a
economista, é a melhora na geração de vagas de alguns subsetores da
indústria da transformação. Dos 12 segmentos pesquisados, sete tiveram
saldos positivos, com destaque para a indústria têxtil, do vestuário e
artefatos de tecidos (848) e indústria química, de produtos
farmacêuticos, veterinários e perfumaria (606). “Apesar do saldo
negativo geral, é da indústria da transformação a atividade que,
isoladamente, mais gerou vagas no Estado”, lembra Suelen. A atividade de
confecção de peças de vestuário registrou um saldo de 777 empregos em
agosto.
GRANDE CURITIBA – As contratações no setor de serviços e comércio
ajudaram a recolocar Curitiba como a cidade com a maior geração de
empregos no Estado. Em agosto, a capital registrou um saldo positivo em
927 vagas, seguida por Araucária, com 732 vagas, e Apucarana, com 216.
As atividades de recursos humanos e comércio varejista de supermercados
puxaram o emprego na capital.
Com a recuperação, a Região Metropolitana de Curitiba somou um saldo
de 1.340 novas vagas em agosto. Foi o segundo melhor resultado do País,
só perdendo para Recife (3.601 empregos).
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