Redação Bem Paraná com assessoria
O inverno começa às 19h34 desta segunda-feira, 20 de junho, e
termina às 11h21 de 22 de setembro. Segundo o meteorologista do Sistema
Meteorológico do Paraná (Simepar), Cezar Duquia, é alta a probabilidade
de manifestação de La Niña de fraca intensidade a partir da metade da
estação. Esse fenômeno climático caracteriza-se pela diminuição da
temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e
Oriental, com impactos nos padrões de chuva e temperatura em todo o
planeta.
Um dos efeitos do resfriamento da temperatura superficial das águas é
o inverno árido com passagens rápidas de frentes frias na região Sul do
Brasil, apresentando chuvas acima da média no leste e estiagem no
oeste. "Em junho, o Paraná ainda poderá registrar chuvas ligeiramente
acima da média, porém para agosto e setembro, a previsão é de redução no
volume de chuvas, que deve ficar na faixa média", explica Duquia.
Quanto às temperaturas, as projeções sugerem comportamento normal,
diferentemente do registrado nos últimos anos.
Modelos meteorológicos dinâmicos indicam El Niño Oscilação Sul (ENOS)
menor ou igual a -0,5°C (neutro negativo) em junho, evoluindo para La
Niña nos meses seguintes com possibilidade de estender-se até a
primavera e o verão. ENOS é a flutuação interanual da pressão
atmosférica ao nível do mar no Oceano Pacífico decorrente de variações
na circulação dos ventos, influenciando assim a temperatura e a
pluviosidade.
ALERTA GEADA - Neste inverno, as massas de ar frio previstas devem
provocar geadas frequentes, sobretudo entre o centro e o sul do estado.
Para o norte são previstos de três a cinco eventos, ficando dentro do
comportamento normal para esta época do ano. "O inverno tipicamente
paranaense apresenta geadas frequentes e registra temperaturas negativas
quando as massas de ar frio, ao se deslocarem pelo sul do país,
adquirem uma trajetória continental", observa Duquia. Estas massas
provocam uma estabilidade prolongada que afeta a distribuição das chuvas
ao longo dos três meses, razão pela qual este é o período do ano com
menor volume de chuvas.
Iniciado em maio, o serviço Alerta Geada vai até o fim do inverno. As
previsões de risco são feitas com até 72 horas de antecedência pelo
Simepar em conjunto com o Iapar – Instituto Agronômico do Paraná e são
reavaliadas duas vezes ao dia. As informações são lançadas nas páginas
de ambos os órgãos na Internet: www.simepar.br e www.iapar.br.
Interessados em receber os alertas por celular ou e-mail devem
cadastrar-se na página do Iapar. Desde que foi lançado em 1995, o
serviço destaca-se por seu alto grau de confiabilidade, pois nunca errou
uma previsão. Por esse motivo, tornou-se referência para a Sociedade
Brasileira de Meteorologia e a International Society for Agricultural
Meteorology.
O principal objetivo do Alerta Geada é auxiliar os produtores na
prevenção e redução de perdas agrícolas devido à ação do ar frio sobre
as plantações, que podem sofrer danos irreversíveis. A lavoura mais
vulnerável é a cafeicultura, que ocupa uma área de 50 mil hectares no
Paraná, em sua maioria cultivada por pequenos produtores familiares. Na
segunda quinzena de junho foi dado um alerta de geadas para o norte,
principal região produtora de café onde o último alerta havia sido
lançado há três anos.
Segundo a agrometeorologista do Iapar, Heverly Morais, cafeicultores
que têm lavouras com idade entre seis e 24 meses devem amontoar terra no
tronco dos cafeeiros até o primeiro par de folhas para proteger as
gemas e evitar a morte das plantas no caso de geada severa. A técnica é
chamada de “chegamento de terra”. Essa proteção deve ser retirada no
final do período frio, em meados de setembro. “Se isso não for feito, as
plantas podem sofrer danos por ‘afogamento do caule’, lesões provocadas
por altas temperaturas”, explica a pesquisadora. A recomendação para as
lavouras novas, com até seis meses de idade, é apenas enterrar as mudas
quando houver emissão do Alerta Geada. Já a proteção dos viveiros deve
ser feita com várias camadas de lona plástica, uso de aquecedores ou as
duas medidas simultaneamente. Tanto nas lavouras novas quanto nos
viveiros de mudas, a proteção deve ser retirada assim que a massa de ar
frio se afastar e cessar o risco de geada.
Características do inverno
No hemisfério sul, a estação tem início com o solstício de inverno em 20 de junho, terminando com o equinócio de primavera em 22 de setembro. Nesse período, as noites são mais longas do que os dias devido à menor incidência de raios solares nessa parte da Terra. Várias espécies animais - sobretudo pássaros - migram para regiões mais quentes para fugir do frio. Outros animais – como os ursos – hibernam nesse período, reduzindo sua atividade metabólica.
Características do inverno
No hemisfério sul, a estação tem início com o solstício de inverno em 20 de junho, terminando com o equinócio de primavera em 22 de setembro. Nesse período, as noites são mais longas do que os dias devido à menor incidência de raios solares nessa parte da Terra. Várias espécies animais - sobretudo pássaros - migram para regiões mais quentes para fugir do frio. Outros animais – como os ursos – hibernam nesse período, reduzindo sua atividade metabólica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário