Setor de veículos puxa a queda nas vendas, tanto em relação ao mês anterior quanto a 2015
As vendas do comércio varejista caíram 1,2% em julho sobre
junho e 7,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, no pior
desempenho para um mês de julho desde o ano 2000, quando teve início a
pesquisa em torno do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio.
Dos seis segmentos pesquisados, a queda mais significativa na
comparação anual foi constatada em veículos, motos e peças (-12,6%),
seguida por tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-12,3%) e móveis,
eletroeletrônicos e informática (-11,9%). No setor de material de
construção, houve recuo de 9,4%, e em supermercados, hipermercados,
alimentos e bebidas, ocorreu retração de 7,9%. A única elevação, de
2,9%, foi no setor de combustíveis e lubrificantes.
Já na comparação de julho sobre o mês anterior, dois desses setores
apresentaram um pequeno crescimento: combustíveis e lubrificantes (1,7%)
e material de construção (1,5%).
No setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, o
movimento foi 0,5% menor; em móveis, eletroeletrônicos e informática
teve queda de 0,1%; em veículos, motos e peças (-0,3%) e tecidos,
vestuário, calçados e acessórios (-1,3%).
Por meio de nota, os economistas da Serasa Experian justificam que
“uma combinação de fatores críticos às vendas do comércio tem mantido a
atividade varejista estagnada”. Entre os motivos apontados estão o baixo
nível de confiança do consumidor; a manutenção da elevada taxa de
desemprego; as condições restritivas do crediário, derivadas da
inadimplência e alta do crédito; e o aumento da inflação, principalmente
dos alimentos.
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é feito com base
em consultas mensais dos estabelecimentos comerciais à base de dados da
Serasa Experian , incluindo na amostragem cerca de seis mil empresas.
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