O professor Marcelo Emilio, do Departamento de Geociências da
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), é o principal investigador
do projeto “GO11127 "Characterization of Be stars in the Kepler K2
fields" aprovado pelo Guest Observer Office do satélite Kepler da Nasa -
National Aeronautics and Space Administration (Administração Nacional
do Espaço).
Marcelo Emílio explica que, nesse projeto, 168 estrelas serão observadas de 24 de setembro a 8 de dezembro, no campo 11 da missão Kepler K2. “A Kepler fará uma observação da luz de cada estrela a cada 30s durante esse período”.
Ao destacar o significado do projeto, o pesquisador da UEPG conta que o satélite Kepler (http://kepler.nasa.gov/) foi lançado, em março de 2009, em uma órbita de perseguição da órbita da Terra. Diz que o seu principal objetivo era a descoberta de planetas com o tamanho da Terra dentro ou perto da zona habitável de estrelas pelo método de trânsito planetário.
“A nave monitorou 145.000 estrelas e confirmou até maio deste ano 2.330 planetas, alguns deles com tamanho comparável ao da Terra”. Relata que, em julho de 2012 Kepler perdeu uma das quatro rodas de reação que permitia manter o controle do apontamento do telescópio.
PROPOSTA DE OBSERVAÇÃO - O professor Emílio registra que, em maio de 2013, uma segunda roda de reação sofreu falha e que comprometeu a qualidade dos dados para a busca de planetas do tamanho da Terra e a capacidade da nave em manter o apontamento para uma região fixa no céu.
Um novo plano de missão para a espaçonave, denominado Kepler K2, foi feito em novembro de 2013, para utilizar a capacidade que o satélite ainda possuía para observar estrelas. “A NASA abriu a possibilidade para que outros cientistas propusessem projetos científicos que aproveitassem a disponibilidade de observação do satélite Kepler”, diz Marcelo Emílio, acrescentando que foi em uma dessas oportunidades que propôs um projeto de observação para o satélite Kepler.
O professor assinala que o projeto consiste na observação de estrelas bastante peculiares em nossa Galáxia, chamadas de estrelas Be. Trata-se de estrelas com muita massa (entre 2 a 16 vezes a massa do nosso Sol) e que giram muito rápido. “O interesse dessas estrelas é a perda de sua massa e a consequente formação de um envelope de gás em torno dela. Essas estrelas giram em média com uma velocidade de cerca de um milhão de quilômetros por hora, mas algumas podem chegar a girar com uma velocidade de 2 milhões de quilômetros por hora”.
MECANISMO E PARTICIPANTES - Por comparação o nosso sol gira com uma velocidade muito menor de cerca de sete mil quilômetros por hora, segundo Marcelo Emilio. Para o cientista, o mistério consiste em encontrar um mecanismo que explique o motivo dessas estrelas perderem massa, pois apenas a alta taxa de rotação não é suficiente. “Monitorar várias estrelas ao mesmo tempo permite uma boa chance de observar a estrela no momento em que ela está ejetando parte de sua massa para fora”. Para tanto, como pontua, foi proposto um mecanismo envolvendo a alta rotação e estelemotos (o equivalente aos terremotos na Terra). “A observação do satélite kepler permite medir a frequência dos estelemotos e testar essa teoria”.
Como Kepler irá observar 168 estrelas de estrelas por alguns meses a cada 30 segundos, a quantidade de dados que ficará disponível para estudo será grande, segundo Marcelo Emílio. Neste aspecto, o cientista ressalta que alunos de iniciação científica e da pós-graduação do programa de ciências (área de concentração física) da UEPG terão a oportunidade de trabalhar com essas medidas e de desenvolverem seus trabalhos. Registra que também participam desse projeto Laerte Andrade, bolsista de pós-doutorado do programa de pós-graduação em Ciências/Física da UEPG, Eduardo Janot Pacheco da USP e Maria Cristina Rabelo Soares da UFMG.
Todos são integrantes do grupo de pesquisa do CNPq Astronomia Solar e Estelar liderado pela UEPG. A relação de todos os projetos aprovados para o campo 11 do kepler pode ser encontrada em http://keplerscience.arc.nasa.gov/k2-approved-programs.html#campaign-11.
Marcelo Emílio explica que, nesse projeto, 168 estrelas serão observadas de 24 de setembro a 8 de dezembro, no campo 11 da missão Kepler K2. “A Kepler fará uma observação da luz de cada estrela a cada 30s durante esse período”.
Ao destacar o significado do projeto, o pesquisador da UEPG conta que o satélite Kepler (http://kepler.nasa.gov/) foi lançado, em março de 2009, em uma órbita de perseguição da órbita da Terra. Diz que o seu principal objetivo era a descoberta de planetas com o tamanho da Terra dentro ou perto da zona habitável de estrelas pelo método de trânsito planetário.
“A nave monitorou 145.000 estrelas e confirmou até maio deste ano 2.330 planetas, alguns deles com tamanho comparável ao da Terra”. Relata que, em julho de 2012 Kepler perdeu uma das quatro rodas de reação que permitia manter o controle do apontamento do telescópio.
PROPOSTA DE OBSERVAÇÃO - O professor Emílio registra que, em maio de 2013, uma segunda roda de reação sofreu falha e que comprometeu a qualidade dos dados para a busca de planetas do tamanho da Terra e a capacidade da nave em manter o apontamento para uma região fixa no céu.
Um novo plano de missão para a espaçonave, denominado Kepler K2, foi feito em novembro de 2013, para utilizar a capacidade que o satélite ainda possuía para observar estrelas. “A NASA abriu a possibilidade para que outros cientistas propusessem projetos científicos que aproveitassem a disponibilidade de observação do satélite Kepler”, diz Marcelo Emílio, acrescentando que foi em uma dessas oportunidades que propôs um projeto de observação para o satélite Kepler.
O professor assinala que o projeto consiste na observação de estrelas bastante peculiares em nossa Galáxia, chamadas de estrelas Be. Trata-se de estrelas com muita massa (entre 2 a 16 vezes a massa do nosso Sol) e que giram muito rápido. “O interesse dessas estrelas é a perda de sua massa e a consequente formação de um envelope de gás em torno dela. Essas estrelas giram em média com uma velocidade de cerca de um milhão de quilômetros por hora, mas algumas podem chegar a girar com uma velocidade de 2 milhões de quilômetros por hora”.
MECANISMO E PARTICIPANTES - Por comparação o nosso sol gira com uma velocidade muito menor de cerca de sete mil quilômetros por hora, segundo Marcelo Emilio. Para o cientista, o mistério consiste em encontrar um mecanismo que explique o motivo dessas estrelas perderem massa, pois apenas a alta taxa de rotação não é suficiente. “Monitorar várias estrelas ao mesmo tempo permite uma boa chance de observar a estrela no momento em que ela está ejetando parte de sua massa para fora”. Para tanto, como pontua, foi proposto um mecanismo envolvendo a alta rotação e estelemotos (o equivalente aos terremotos na Terra). “A observação do satélite kepler permite medir a frequência dos estelemotos e testar essa teoria”.
Como Kepler irá observar 168 estrelas de estrelas por alguns meses a cada 30 segundos, a quantidade de dados que ficará disponível para estudo será grande, segundo Marcelo Emílio. Neste aspecto, o cientista ressalta que alunos de iniciação científica e da pós-graduação do programa de ciências (área de concentração física) da UEPG terão a oportunidade de trabalhar com essas medidas e de desenvolverem seus trabalhos. Registra que também participam desse projeto Laerte Andrade, bolsista de pós-doutorado do programa de pós-graduação em Ciências/Física da UEPG, Eduardo Janot Pacheco da USP e Maria Cristina Rabelo Soares da UFMG.
Todos são integrantes do grupo de pesquisa do CNPq Astronomia Solar e Estelar liderado pela UEPG. A relação de todos os projetos aprovados para o campo 11 do kepler pode ser encontrada em http://keplerscience.arc.nasa.gov/k2-approved-programs.html#campaign-11.
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